Publicado em 08/02/2022, às 08h10 por Redação Pais&Filhos
Um milagre da medicina! Uma mulher que ficou internada 139 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Houston, Texas, Estados Unidos, usando o pulmão artificial ECMO, finalmente deu à luz ao terceiro filho após sofrer três derrames e um ataque cardíaco antes de entrar em trabalho de parto.
À emissora ABC, o marido de Diana, Chris, conta que nem ele e nem ela tinham tomado a vacina, apesar da recomendação médica. “A razão, claro, é que ela não achava que seria bom tomar enquanto estava grávida. Os médicos disseram que tudo isso poderia ser evitado se ela tivesse sido imunizada”, conta o pai do bebê.
Com 18 semanas de gestação, ela testou positivo e logo foi transferida para um hospital, onde foi sedada e colocada num ventilador. Apesar dos esforços médicos, o tratamento para a covid-19 não estava dando retorno em Diana. Como último recurso, decidiram coloca-lá no ECMO, um aparelho que funciona como um pulmão artifical, capaz de fornecer oxigênio ao sangue fora do corpo e depois devolve.
E mesmo com o aparelho, Diana não melhorava. Com 25 semanas, ela sofreu três derrames e um ataque cardíaco no mesmo dia. Preocupados com o destino da criança em desenvolvimento, a equipe médica realizou uma cesariana de emergência para retirar o bebê da barriga.
O Dr. Cameron Dezfulian, responsável pelo parto de Diana, relembrou os momentos de tensão para atualizar o quadro clínico da mulher à Chris. “Lembro-me de Chris dizendo: ‘Nós vamos ter uma história e tanto para contar quando isso for feito.’ Ele estava certo. É uma história e tanto para contar. Acho que ele dizendo isso e o quão certo ele estava sobre isso me fez ter certeza, porque realmente, como médico, eu não tinha nenhum tipo de confiança. Eu sabia o que estava à nossa frente. Eu sabia todas as coisas que poderiam dar errado”, contou Dezfulian.
Após o parto de emergência, o quadro clínico de Diana melhorou, e três dias depois, ela pôde enfim conhecer seu filho, mas o caminho para a recuperação plena ainda seria longo.
Ela foi retirada da ventilação, mas precisou continuar internada e sedada por mais dias do que a família esperava. Depois de 5 meses isolada entre as paredes brancas do hopsital, Diana voltou para casa e tomou a vacina, junto com o marido e os filhos, mas ainda realiza fisioterapia respiratória para recuperar o pulmão, extremamente danificado pelo contágio do vírus.
Diana e Chris ficaram tão impactados e incrédulos com o milagre que foi a sobrevivência dela depois de tudo isso, que decidiram batizar o filho de Cameron, mesmo nome do médico que cuidou dela.
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