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Vacina contra covid-19 será anual? Veja o que sabemos sobre os próximos passos da imunização

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Publicado em 11/06/2021, às 14h29 por Cinthia Jardim


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Até o momento, o Brasil aplicou a primeira dose da vacina contra a covid-19 em 52.429.219 pessoas, representando 24,4% da população, segundo dados apresentados pela Our World In Data, da Universidade de Oxford. Mas, até que haja a imunização completa, o processo ainda pode levar um tempo.

A doença, em muitos aspectos, ainda chega a ser uma incógnita e mesmo em 2021, é preciso se cuidar, usar máscaras, manter o distanciamento e higienizar as mãos de maneira adequada. Uma das maiores dúvidas é sobre quanto tempo a proteção das vacinas pode durar no organismo e se será necessário a imunização anual, assim como a vacinação contra a gripe.

Apesar de ainda não ser possível prever como será a imunização no futuro, é bastante provável que a imunidade não será breve. Um dos possíveis cenários, é aquele em que a vacinação contra a covid-19 comece a fazer parte das campanhas anuais. “Imaginamos, mas não sabemos. Ainda estamos em um momento de entender as variantes e se as vacinas que estiverem disponíveis vão suportar as mutações que vão aparecer”, explica Ester Cerdeira Sabino, Professora Associada do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP-FMUSP e Coordenadora do Projeto SAMI-TROP do National Institute of Health, durante o Fórum Brasil Imune, promovido pelo Instituto Lada a Lado pela Vida nos dias 9 e 10 de junho.

24,4% da população adulta no Brasil já tomou a primeira dose contra a covid-19 (Foto: iStock)

Mas, como fica a seleção de quem vai receber cada uma das vacinas? A segunda dose será sempre do mesmo imunizante?

Durante o evento, Andressa Simonini, editora-executiva da Pais&Filhos, filha de Branca Helena e Igor, fez um comentário bastante relevante sobre uma experiência pessoal, que compartilhou no Fórum Brasil Imune. “Muitas pessoas estão querendo escolher qual o laboratório e a marca da vacina que vão tomar. Então, se naquele posto de saúde não tiver – eu vi essa cena várias vezes – a pessoa vira as costas e vai embora, sendo que ela tem a possibilidade de se vacinar”.

Até o momento, estão disponíveis no Brasil a CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer para a imunização contra a covid-19. Mas, Ana Paula Burian, Pediatra, Infectologista e Coordenadora do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), faz uma reflexão sobre a questão da preferência por imunizantes: “Quando pensamos em vacinação, existiu muita resistência, e ainda existe, sobre a população escolher as vacinas. Os profissionais da saúde, em momento nenhum, escolheram qual vacina iriam tomar”.

No Brasil, a CoronaVac é produzida a partir de um vírus inativado, já a vacina de Oxford por um adenovírus de chimpanzé modificado, que não causa a doença nos humanos. “Por enquanto, não vão intercambiar as vacinas porque não se sabe a resposta que isso provocaria. É garantido, então, que a pessoa que tomar a primeira dose poderá tomar a segunda dose do mesmo imunizante”, comenta Melissa Valentini, infectologista e assessora médica do Grupo Pardini, mãe de Luiza e Giovanni.

Ainda não se sabe se a vacinação contra a covid-19 terá uma campanha anual assim como a da gripe (Foto: Freepick)

As vacinas impedem ser contaminado pela covid-19?

Segundo Gerson Salvador, médico especialista em infectologia e saúde pública da Universidade de São Paulo (USP), pai de Laura, Lucas e Luís, as vacinas foram estudadas para avaliar a infecção sintomática e não para prevenir. Dessa forma, o paciente terá uma menor chance de adoecer ou ter a forma grave da doença. “Só que ninguém garante que você não vai contrair o vírus. Por isso, é muito importante manter o distanciamento físico, o uso das máscaras e a higiene das mãos”.

Além disso, é esperado ainda que a vacina contra a covid-19 possa proteger mais do que uma reinfecção natural: “Vale lembrar que todas as vacinas que estão sendo produzidas no mundo não foram desenvolvidas para impedir a infeção, mas sim para diminuir a doença. Como estamos vacinando com um alto número de transmissão, precisamos tomar cuidado para não criar novas cepas”, conclui Ester Sabino.


Palavras-chave
Família Saúde coronavírus covid-19 vacina covid

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