Família

Trisal enfrenta dificuldades para registrar nome do pai e das mães na certidão dos filhos

Getty Image

Publicado em 01/04/2022, às 07h52 - Atualizado às 07h53 por Redação Pais&Filhos


Compartilhe:


Trisal ou mais conhecido como poliamor é quando um casal é composto por 3 pessoas e juntas formam uma família. Regiane Gabarra, Marcel Mira e Priscila Machado estão tendo um problema para registrar os filhos com o nome de todos na certidão de nascimento.

Regiane está grávida de Marcel, que tem um relacionamento de 16 anos com Priscila, a família também é composta, atualmente, por duas meninas, frutos do romance entre Marcel e Priscila, e pelo irmão de Regiane – que possui a guarda do garoto desde a morte dos pais.

A família conversou com advogados para conseguir na Justiça o direito ao reconhecimento da maternidade socioafetiva. A medida visa assegurar que, apesar de não haver um laço biológico entre Priscila e o bebê, há um laço emocional. Em entrevista ao Jornal Extra, Priscila falou sobre sua relação com o bebê.

O trisal está tendo dificuldades para registrar os filhos com o nome do pai e das mães (Foto: Getty Image)

“O que vai fazê-lo ser meu filho é o dia a dia, mas para a sociedade que não nos reconhece como família, vamos precisar ter no papel que sou uma das responsáveis legais. Eu sei que ele vai me amar como mãe e eu vou amá-lo como filho, mas quero estar presente nas burocracias da escola, do médico”, contou.

O poliamor não é reconhecido como entidade familiar pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ou pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Contudo, em 2019, o Conselho Nacional de Justiça assegurou o reconhecimento voluntário da paternidade e maternidade socioafetivas em cartório para registro de filhos com mais de 12 anos. Para crianças com idade abaixo de 11 anos, há necessidade da autorização da Justiça, por ser preciso o consentimento.

Para a advogada e especialista em direito de família Alessandra Muniz, a revogação dificulta a regularização do registro por trisais, uma vez que já enfrentam obstáculos constitucionais por terem seus relacionamentos reduzidos à promiscuidade. “Em muitos dos casos há a necessidade de judicialização, em que o juiz vai analisar a relação afetiva da mãe ou do pai com a criança. O processo todo varia de um a dois anos, em média. O afeto está previsto na Constituição, que deve romper o conservadorismo e criar leis que condizem com a realidade da família brasileira”, disse a advogada.


Palavras-chave
Mãe pai Justiça certidão de nascimento registro trisal

Leia também

Família

Mãe de Isabella Nardoni fala sobre divulgação do rosto dos filhos pela primeira vez

Família

Ticiane Pinheiro mostra Rafa Justus e ela prontas para festa de 15 anos

Família

Belo anuncia romance após separação de Gracyanne Barbosa: "Não estou solteiro"

Preço baixo

Oferta Relâmpago: desconto de 48% no Galaxy Watch6 da Samsung

Gravidez

Sintomas de gravidez: nos primeiros dias, que ninguém sabe, de menino e menina e muito mais

Família

Ex-namorada de Anderson, do Molejo, fala sobre morte do cantor: "Arrasada"

Bebês

Nomes japoneses femininos: 304 opções lindas para você conhecer

Bebês

180 nomes femininos diferentes: ideias de A a Z para você chamar a sua filha