Treinador de Rebeca Andrade fala sobre o vínculo criado com a atleta: "Sou como um pai"

A ginasta brasileira Rebeca Andrade continua a encantar o mundo do esporte ao conquistar duas medalhas nos Jogos Olímpicos de Paris. A atleta garantiu um bronze na disputa por equipes e uma prata na competição individual feminina. Agora, na disputa na final do salto, Rebeca Andrade conquistou a medalha de prata, neste sábado, 3 de agosto.

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Após assegurar seu lugar no pódio da competição individual e conquista a prata, Rebeca fez uma emotiva homenagem ao seu treinador, Francisco Porath Neto, carinhosamente conhecido como Chico, em suas redes sociais. "Eu te amo. Obrigada por fazer acontecer mais uma vez. O melhor treinador do mundo", declarou a ginasta na última quinta-feira, 1 de agosto. Com essas conquistas, Rebeca se tornou a mulher brasileira com mais medalhas olímpicas, totalizando cinco.

Introduzida à ginástica aos 6 anos por uma tia que trabalhava como cozinheira em um ginásio local em Guarulhos, São Paulo, Rebeca rapidamente se destacou pelo seu talento natural. Foi em 2006 que Chico entrou em sua vida como treinador, consolidando uma relação que vai além do esporte.

Chico compartilha: "Sou como um pai que pode estar na arena de competição. Participei da criação e desenvolvimento da Rebeca desde criança até se tornar essa mulher de personalidade forte."

Aos 10 anos, Rebeca se mudou para Curitiba para treinar e passou a morar com Chico, criando um vínculo de confiança mútua que reflete nos resultados obtidos pela atleta. "Graças a Deus, temos uma ótima relação com a família dela também. Ela veio morar com a gente e isso fortaleceu nosso vínculo," afirma Chico.

Antes de Rebeca, Daiane dos Santos era a única mulher brasileira campeã mundial de ginástica artística, treinada pelo ucraniano Oleg Ostapenko. Chico iniciou sua carreira na ginástica sem experiência prévia em alto rendimento e aprendeu tudo do zero ao lado de treinadores renomados como Iryna Ilyashenko.

"Comecei fazendo estágio numa escolinha enquanto a seleção brasileira treinava ao lado. Pedia para assistir e acabei sendo aceito no time," lembra Chico. Hoje ele divide o comando da seleção feminina com Iryna.

Rebeca valoriza profundamente o apoio de seu treinador: "Chico olha para mim e sei que confia em mim. Eu olho para ele e confio nele. Se algo acontecer, sempre nos sentiremos orgulhosos. Isso me tranquiliza," disse a ginasta à BBC.

Rebeca já havia conquistado uma prata no individual geral em Tóquio 2020, um dos momentos mais gratificantes para Chico: "A primeira medalha feminina do Brasil, com chances enormes de ser campeã olímpica, foi nos décimos. Ela encantou os Jogos Olímpicos. Pessoas me diziam na vila olímpica que ela deveria ter ganhado o ouro."