Família

Superação! Mãe corre empurrando a filha cadeirante e ganha mais de 400 medalhas

Arquivo pessoal

Publicado em 26/07/2020, às 17h36 - Atualizado às 17h37 por Maria Laura Saraiva


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A professora de educação infantil Claudia Schaefer descobriu que teria uma filha especial na metade da gestação, quando tinha 24 anos. Quando recebeu o diagnóstico da pequena Beatriz, que nasceu com deficiência mental, física e auditiva, a mãe colocou um objetivo na cabeça: fazer a menina feliz. Hoje, além de serem melhores amigas, elas participam de corridas e já ganharam mais de 400 medalhas juntas! A história foi contada pela mãe para a UOL.

Mãe e filha participam juntas de provas (Foto: Arquivo pessoal)

Beatriz tem 24 anos, muitos a mais do que o primeiro médico que visitaram disse que ela teria. “O médico disse que ela teria, no máximo, seis meses de vida. Foi um choque, saí do consultório desesperada. Me acalmei e busquei a opinião de um segundo especialista. A médica examinou a Bia por duas horas e viu a ressonância. Ela disse que o prognóstico do médico estava errado, me tranquilizou afirmando que a Bia ia viver e muito”, conta a mãe.

Em 2010, Claudia começou a levar a filha no parque, para acompanhar as atividades físicas da mãe, que gostava de correr. “Naquela época, a Bia passava muito tempo sentada, ela quase não andava, não tinha resistência muscular. Todo mundo olhava e me achava louca de correr empurrando a cadeira de rodas dela”, fala a professora.

Juntas elas já ganharam mais de 400 medalhas (Foto: Arquivo pessoal)

A ideia de levar a filha para as corridas de rua vieram de uma atendente. Claudia explicou que teria que faltar a competição, porque a avó da Beatriz não ia poder tomar conta dela no dia. “’Por que você não corre com ela?’, ela me perguntou. Seriam 10 km empurrando uma cadeira de rodas e tinha uma parte do trajeto que era de pedregulho. Fiquei pensativa. Ela me encorajou: ‘Por que você não tenta?”, diz a mãe. E as duas foram! Mesmo com o cansaço e o peso da cadeira, a primeira medalha veio – e a alegria de Beatriz também. “Notei uma fisionomia de liberdade na Bia, ela estava curtindo a brisa batendo no rosto dela. O olhinho dela brilhou e ela fez sinal em libras de que estava gostando. Ela ficou alegre e se sentiu livre. Foi aí que descobri que esse era o caminho para ela, para nós. Encontrei na corrida uma forma de deixá-la feliz”, conta Claudia.

Claúdia e a filha, Beatriz (Foto: Arquivo pessoal)

A Beatriz até chegou a ganhar um triciclo de uma oficina de handbike, para acompanhar melhor as competições. Lá ela também carrega água e bala para distribuir aos outros competidores. A mãe da menina conta como o esporte mudou a vida das duas para sempre: “Encontrei na corrida o caminho da felicidade para a minha filha. Ela faz em libras o sinal de amar, eu sei que ela amar correr. Correr empurrando o triciclo da Bia é dar liberdade a ela. Me sinto tão realizada em fazer isso por ela que digo que é ela quem me conduz e não o contrário. Sei que ela tem gratidão por mim. Todos os dias deito minha cabeça no travesseiro com o sentimento de que estou fazendo o melhor que posso para ela, de que estou cumprindo a minha missão. Nós temos uma ligação muito forte, além de mãe e filha, somos melhores amigas. Me sinto feliz toda vez que a faço feliz”.


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