Publicado em 18/10/2021, às 16h33 - Atualizado em 19/10/2021, às 07h17 por Hanna Rahal
Fazer sexo durante a gravidez ainda é um grande tabu. Afinal, existem muitas dúvidas que desencorajam as mulheres. Será que prejudica a gestação? Acelera o parto normal? Machuca o bebê? Mas pode ficar calma! O ato sexual não só ajuda a mãe, como também a criança. Estão preparados para essa conversa?
Para te ajudar a desmistificar os riscos, medos e preocupações que existem sobre a relação sexual durante gravidez, conversamos com ginecologistas, obstetras e psicólogos e vamos desvendar alguns mitos sobre sexo e a sexualidade das grávidas.
Gestação. Palavra muito conhecida, mas um mundo completamente novo para muitas mulheres. E dentre novidades, mudanças no corpo e alterações hormonais, um tabu. Será que é possível manter uma vida sexual ativa em meio a tanta coisa nova? Será que é normal sentir tanta vontade de transar?
Segundo Evandro Silva, ginecologista obstetra, pai de Camila, Arthur, Lucas, Gustavo e Clarissa, Diretor médico da Maternidade Brasília Dasa, muitas vezes, a mulher tem seu libido aumentado na gestação, mas esse desejo é freado pelo medo e muitas vezes pela falta de orientação.
“Sexo na gestação faz bem e é necessário. Então é preciso evitar esses paradigmas de que a mulher fica assexuada e não deve ter esse tipo de contato com o parceiro”, explica. “Muitas vezes, o homem cria um mito ao achar que ter relação sexual com sua parceira grávida, pode causar problemas ao bebê. Então, é preciso reforçar a importância da participação do homem durante o pré-natal, quando a gente mostra que o sexo não interfere de forma nenhuma na gravidez”, considera Silva.
Além disso, o médico explica que é importante para a mulher grávida se sentir desejada. “Isso porque, muitas delas se sentem mal com o corpo durante a gestação. Então trazer o parceiro ou parceira para dentro da rotina e alimentar uma atividade sexual, o carinho e a troca de afetos, é muito importante para uma gravidez saudável”.
Tatiane de Sá Manduca, mãe de Mateus e psicóloga clínica, explica que a transição de um relacionamento composto por duas pessoas para o que aumenta para três (ou mais), é um grande desafio para o casal, e nesse sentido, talvez seja preciso reinventar a relação.
“O desejo pode se alterar desde a recusa até o aumento do interesse. Situações como frequência, tempo e posições para o sexo podem ser dialogadas para uma vida sexual prazerosa neste início. Lembrando que o ato sexual vai muito além da penetração”, conta.
No primeiro trimestre, de acordo com a psicóloga, pode ocorrer diminuição do desejo sexual devido a fatores orgânicos e psicológicos. Sendo eles, cansaço, sonolência e náuseas, além dos medos que podem ser decorrentes de alterações hormonais e psicológicas. “Perceber a presença do bebê, como um terceiro elemento no ato sexual também aparece em muitas situações como uma preocupação”, explica a especialista. “A comunicação e o diálogo entre o casal evita esse tipo de problema e torna a relação mais saudável”, conclui.
De forma nenhuma sexo na gravidez faz mal à mãe ou ao bebê. O ginecologista explica que com o passar da gestação, existe uma necessidade de adaptação do casal por questões apenas do desconforto da mãe em relação ao tamanho da barriga. “Em condições fisiológicas e de uma gestação saudável tanto para mãe quanto para o bebê, sexo vai fazer muito bem. Não há necessidade de mudança na rotina sexual durante a gravidez”, conta Silva.
Para o médico, esses estão entre os principais mitos que existem em torno da gravidez. “Não há nada que comprove que existe risco de abortamento ou de uma parto prematuro por conta da relação sexual” , garante. Assim como, outro mito é que a atividade sexual pode ser prejudicial no sentido de machucar o bebê. “Isso também não acontece. O útero é uma casa que protege muito bem o bebê, a placenta também tem um mecanismo de proteção muito importante e não existe então nenhum tipo de risco”, concluiu o ginecologista.
Algumas grávidas também podem sofrer queda na libido, principalmente no primeiro trimestre de gestação, mas isso não deve ser interpretado como um sintoma natural de que é preciso se abster de sexo. Isso só vai acontecer, em casos específicos, ou seja, quando houver risco de aborto, ou de parto prematuro.
“As gravidezes que cursam com sangramento no primeiro trimestre ou que as mães já têm um risco de parto prematuro aumentado, deve-se evitar o sexo”, avalia Silva. Mas, é importante a orientação de um obstetra durante o pré-natal para que em situações pontuais onde não possa ocorrer a atividade sexual, a mãe seja orientada que os riscos são maiores que os benefícios.
Então é fato, cientificamente, mulheres podem ter relações sexuais, de modo que se sintam confortáveis com as posições. Não existe uma forma que seja ideal, é preciso encontrar o melhor para o casal. Normalmente, posições de lado agradam, assim como apoiar as costas em algum travesseiro faz com que a mulher tenha menos falta de ar e desconforto. Posições mais verticais também costumam funcionar bem.
O mais importante é que esse momento seja prazeroso e cheio de orgasmos, porque eles liberam ocitocina, um hormônio que desempenha papéis importantes na gestação. Além disso, aproveite para criar muita conexão com seu parceiro ou parceira. Mas atenção, não é não! Se você não estiver se sentindo bem ou preparada para transar, não faça até que esteja segura, ok?
Para saber mais sobre a sexo na gravidez, leia também a reportagem do projeto Lábios Livres, que busca ajudar pessoas a descobrirem sua sexualidade e viverem vidas mais felizes e sensuais.
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