O sucesso avassalador de Rebeca Andrade nas Olimpíadas de Paris gerou um aumento exponencial na procura por vagas no Ginásio Bonifácio Cardoso, localizado na região metropolitana de São Paulo, onde a ginasta guarulhense iniciou sua carreira.
Na última quinta-feira, 1 de agosto, o ginásio abriu inscrições para 425 vagas na oficina de ginástica artística. Em menos de 48 horas, todas as vagas foram preenchidas, evidenciando o impacto das conquistas da atleta.
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A paixão pelo esporte foi intensificada pelas recentes vitórias de Rebeca. Nos últimos dias, a ginasta conquistou quatro medalhas olímpicas – incluindo uma de ouro -, tornando-se a maior medalhista olímpica da história do Brasil.
Nascida em Guarulhos, Rebeca começou na ginástica aos cinco anos através de um projeto social de iniciação esportiva realizado no Ginásio Bonifácio Cardoso. Ela foi descoberta pela treinadora Mônica Barros dos Anjos, que ainda ministra aulas na instituição.
Segundo informações da Prefeitura de Guarulhos, novas vagas para os cursos de ginástica artística no ginásio deverão ser disponibilizadas apenas em fevereiro ou março do próximo ano. As aulas são gratuitas e destinadas a crianças entre 5 e 12 anos.
Rebeca Andrade tem seis irmãos e se espelha na mãe para superar dificuldades
Dona Rosa tem a atleta Rebeca Andrade e outros seis filhos, durante a apresentação de ginástica artística nas Olimpíadas de Tóquio estava vendo se enchendo de orgulho, no sábado, dia 24 de julho. A mãe saia de madrugada de casa para trabalhar de empregada doméstica, onde morava em Guarulhos, em São Paulo, enquanto o irmão mais velho a levava de bicicleta para os treinos e depois continuava o caminho para o trabalho.
“E pensar que muitos me criticaram na época, porque logo aos 9 anos ela foi morar fora, foi se dedicar aos treinos. Diziam você é doida de deixar sua filha ir embora. Mas eu tive a sabedoria e a mente aberta para deixá-la seguir seus sonhos. Eu deixei que ela voasse atrás de um objetivo. Deixando também claro que se não desse certo, as portas de casa sempre estariam abertas para ela. Hoje eu vejo que agi certo, por ter ouvido o meu coração”, disse Dona Rosa ao UOL.
