Publicado em 19/02/2019, às 14h32 - Atualizado às 15h09 por Izabel Gimenez
As vésperas do encontro da Cúpula da Igreja Católica no Vaticano sobre abusos sexuais cometidos por clérigos e religiosos, foi confirmado nessa segunda dia 18, a existência de um documento interno com orientações a padres que quebraram o voto do celibato e tiveram filhos. A afirmação foi dada ao The New York Times pelo porta-voz do Vaticano, Alessandro Gisotti. Seria a primeira vez que a igreja confirmaria a existência desse documento.
Também estarão presentes no encontro ativistas, vítimas de abusos do clero e filhos de padres como, Vincent Doyle, um psicoterapeuta irlandês que descobriu que seu pai biológico era na verdade o padre que lhe foi apresentado como padrinho. O irlandês afirmou ao Times que “os filhos dos padres” serão o novo escândalo do Vaticano.
De acordo com a Folha de São Paulo, ainda não existe nenhuma certeza em relação ao número exato, mas Doyle conta, que em seu grupo de apoio são pelo menos 50 mil em 175 países. O grupo foi criado para ser uma rede de conforto para aqueles que sentem vergonha de parecer um “vexame” para a Igreja. As crianças podem ser fruto de uma relação entre padres e leigas ou freiras e até mesmo resultado de algum estupro, violência ou abuso.
A Igreja está tão bem organizada em relação a isso que até existe um nome oficial: “os filhos dos ordenados”. Vincent Doyle assume que ficou chocado ao descobrir sobre o nome. Tanto a lista de diretrizes quanto o nome que recebiam foi dada ao psicoterapeuta pelo arcebispo Ivan Jurkovic, que não quis dar entrevista.
O porta-voz do Vaticano explicou que documento sintetiza uma década de procedimentos e tem como preocupação principal o bem estar da criança. Como por exemplo: pedir ao padre pai que largue a batina para se dedicar integralmente ao filho. Uma outra fonte ligada ao Vaticano diz que esse pedido é mera formalidade.
Além de abrir uma polêmica, o documento levanta a discussão entre os liberais da igreja de que se realmente necessário cumprir o voto do celibato. Uma outra discussão é sobre a demissão de clérigos, advogados de direito canônico afirmam que não há nada na lei da igreja que force os padres a deixar o sacerdócio por ter filhos. “Há zero, zero, zero, sobre o assunto”, disse Laura Sgro, advogada em Roma. “Como não é crime canônico, não há razões para afastamento.”
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