Família

Menina haitiana é chamada de “cocô” e leva cuspida no rosto em escola privada de Curitiba

Shutterstock

Publicado em 14/04/2022, às 06h40 - Atualizado em 09/11/2022, às 14h59 por Redação Pais&Filhos


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Para algumas crianças a escola é o melhor lugar para se desenvolver, fazer amigos, e aprender sobre diversos assuntos, porém para outras o lugar vira um pesadelo, como foi o caso de Mary Kayne Belotte, 4, que foi chamada de “cocô” por um colega de classe, e cuspida pelo mesmo.

Os pais da menina, que são do Haiti, denunciaram o caso de racismo e preconceito, mas alegaram que a escola não fez nada a respeito. Em apenas 2 meses de aula a menina já sofreu um pesadelo. Em nota o Sesc Educação Infantil disse que “nunca houve nenhum ato de preconceito ou discriminação dentro da entidade”. Também disse que é “contrária à intolerância e assume o compromisso de apurar situações de preconceito, discriminação e assédio” e que “adotou internamente diversas medidas para averiguação da veracidade dos fatos” no caso da filha dos imigrantes.

“Na primeira semana, o menino já chamou minha filha de cocô. A gente conversou com ela para incentivá-la a continuar estudando, que aquilo ia passar, mas, na semana seguinte, ele colocou o braço na frente dela e acabou que ela quebrou o punho” explicou a mãe da criança, Frandeline Belotte, ao jornal O Globo.

A menina sofria racismo na escola, pelos colegas de classe (Foto: Shutterstock)

Após ser cuspida no rosto, caso que os pais contam ter acontecido na segunda-feira da semana passada, a criança reclamou com a professora que, segundo ela, apenas afirmou que conversaria novamente com a mãe do menino. “Isso me deixa tão magoada. Estou com ódio, indignada. Uma criança de quatro anos passando por isso! Minha filha ter sido cuspida me lembra o tempo da escravidão em que o fazendeiro fazia o que quisesse com o escravo, até cuspir na cara.”, desabafou a mãe.

Os pais denunciaram o caso ao Ministério Público e também ao Conselho Tutelar. Eles afirmam que aguardam a liberação do laudo médico da lesão da filha para registrarem um boletim de ocorrência.  O casal também decidiu abrir mão da bolsa de estudo da criança e matricular a filha numa escola pública da capital paranaense.

Ainda em nota, o Sesc/PR afirmou que “qualquer problema comportamental e inerente ao desenvolvimento socioeducacional das crianças são tratados com as pedagogas e a entidade não é conveniente, jamais, com comportamentos inadequados, adotando as medidas possíveis para promover o convívio social e harmonioso”.


Palavras-chave
pais Preconceito filha racismo Haiti cuspe escola privada

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