Pai conta para as filhas que bombas em Israel são barulhos de festa: “Estamos morrendo”

Nesta segunda-feira, dia 09 de outubro, um grupo de brasileiros de origem Palestina foram entrevistados pelo portal g1. Na ocasião, eles falaram sobre o ataque de bombas na ‘Faixa de Gaza’ em Israel. O paulistano Hasan Rabee está na região com as filhas e desabafou sobre os ataques terroristas.

O grupo militante palestino Hamas iniciou os ataques contra o Israel no último dia sábado dia, 07 de outubro, desde então, quem estava na região busca maneiras de fugir da guerra. Hasan relatou que foi até Gaza para visitar a sua família e agora encontra problemas para deixar a região, devido aos ataques. O pai chegou a dizer que está sem acesso à água potável e energia há horas.

“Estamos morrendo… minhas filhas só choram e a gente está mentido [pra ela], falando que as bombas são barulho de festas”, disse o pai ao g1. Em entrevista ao GloboNews, ele comentou que há barulhos de bombas o dia todo.

Família procura por jovem de 18 anos em meio à ataques terroristas em Israel: “Horas de medo e terror”

No último sábado, 7 de outubro, uma jovem de apenas 18 anos desapareceu durante o conflito entre israelenses e palestinos. Celeste Fishbein é de uma família de judeus brasileiros, que agora buscam por notícias dela e do namorado.

Celesta era babá e trabalhava perto da Faixa de Gaza, que foi bombardeada. No sábado, ela estava com namorado e deixou de mandar notícias para a família. Por isso, os familiares acreditam que a jovem pode ter sido sequestrada por extremistas, assim como o companheiro. Eles dizem ainda que ela pode ter sido levada como refém para uma área de controle palestino na região.

Isso também tem acontecido com outros adolescentes. A mãe e a avó da jovem são brasileiras e também viviam na região. Depois que os ataques terroristas se iniciaram, a família perdeu o contato, já que todos os moradores das comunidades locais precisaram se abrigar em bunkers de proteção.

O tio da jovem, Mario Ricardo Fishbein, disse em entrevista ao G1 como foram as últimas horas. “Depois do início dos ataques, por volta das 6h30 da manhã de sábado, minha mãe de 94 anos e minha irmã se abrigaram num bunker sem luz, sem comida e sem condições mínimas de conforto. A todo o momento os terroristas forçavam as portas para entrar. Foram mais de 20 horas de medo e terror”, disse.

“Elas foram resgatadas pelo exército israelense e agora estão seguras, na casa de nossos familiares. Mas a Celeste ficou com o namorado em Gaza. Eles deixaram de responder as mensagem de celular ontem às 11 horas. E ninguém tem mais notícias”.