Publicado em 06/08/2024, às 11h02 por Vitória Souza, Filha de Amailton e Vania
Na última segunda-feira, Gabriel Medina conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Teahupoo e dedicou o feito ao padrasto Charles Saldanha, conhecido como Charlão. Apesar de atualmente ser treinado pelo australiano Andy King, Medina voltou a contar com o apoio de Charlão durante as Olimpíadas, revivendo uma parceria que havia sido interrompida em dezembro de 2020.
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"É uma dedicatória para ele. Significa muito para nós, depois de alguns anos sem viajar juntos, retomamos aqui em Teahupoo. Não tinha como ser diferente, essa medalha é para o Charlão, que sempre esteve ao meu lado, sempre me ajudou bastante. É por isso que eu surfo também. Significa muito tê-los me assistindo – minha mãe, minha irmã. Fico feliz de deixar minha família feliz; então, essa conquista é mais do que uma medalha de bronze", disse Medina em entrevista à TV Globo ao lado de Charlão, que também valorizou o resultado.
"Ele ganhou um bronze, não é que ele perdeu o ouro, ele ganhou um bronze e ele honrou a gente. Não é fácil ganhar uma medalha, são muitos surfistas que chegam aqui. A gente depende também da natureza, como aconteceu na semifinal. Então não é fácil você, num campeonato mundial de nível excelente, fazer um terceiro lugar. Então eu considero isso uma vitória, uma medalha ganha. E muito orgulho do Gabriel de ter ganhado essa medalha", diz Charlão.
Depois de ser derrotado na semifinal pelo australiano Jack Robinson em uma bateria praticamente sem ondas, Medina dominou a disputa contra o peruano Alonso Correa e conquistou sua primeira medalha olímpica – ele havia ficado em quarto lugar nos Jogos de Tóquio. O francês Kauli Vaast venceu Robinson na final masculina e levou a medalha de ouro. Tatiana Weston-Webb ainda enfrentará Caroline Marks na disputa pelo lugar mais alto do pódio.
Esta é apenas a segunda vez que o surfe é incluído nos Jogos Olímpicos. Na edição anterior, realizada em Tóquio, Italo Ferreira conquistou a medalha de ouro para o Brasil.
Assim como em Tóquio, Medina perdeu na semifinal em Paris para Jack Robinson. O mar não ajudou o brasileiro, após Robinson pegar uma onda faltando 17 minutos para o fim da bateria, Medina precisava de uma nota 6.01 para virar o placar, mas não conseguiu pegar nenhuma nova onda até o cronômetro zerar.
Na disputa pelo bronze contra Alonso Correa, a bateria foi mais agitada. Medina somou 15.54 pontos e garantiu a terceira colocação para o Brasil. Com a medalha em jogo, os organizadores dos Jogos Olímpicos estenderam a duração da bateria para 35 minutos. Correa começou forte com uma nota 6.83, mas Medina respondeu com três notas acima dos 7 pontos – as duas melhores sendo 7.77 –, assegurando a liderança até o final da disputa.
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