Família

Os gatos são bem-vindos

Publicado em 29/08/2014, às 17h22 - Atualizado em 12/02/2022, às 12h23 por Redação Pais&Filhos


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A convivência de grávidas, gatos e bebês é um assunto que, bobeou, vira polêmica… A primeira questão, que surge logo que se descobre a gravidez, é sobre o risco de a gestante pegar toxoplasmose, uma infecção parasitária causada por um protozoário. Explica-se o temor que as pessoas têm: a doença tem um impacto bem negativo no desenvolvimento do bebê, podendo provocar aborto espontâneo, morte intrauterina, hidrocefalia (excesso de líquido no cérebro), más-formações e deficiência visual.  Motivo de desistir do gato? Não, se o gato é doméstico, toma vacinas, é levado regularmente ao veterinário, come ração.

De toda forma, tão logo se sabe da gravidez, é importante afastar o risco da toxoplasmose. A primeira medida – obrigatória –  faz parte da rotina do pré-natal: a testagem do sangue da gestante. “Outra providência tranquilizadora é fazer também o exame de sangue no animal para toxoplasmose”, aconselha o veterinário Marcelo Quinzani, diretor clínico do Pet Care Morumbi, pai de Henrico e Pietro.

A veterinária Gabriela Toledo, presidente da ONG PEA (Projeto Esperança Animal) e mãe de Gabriel, pesquisou o assunto e ficou bem tranquila de conviver com os animais durante sua gravidez: continuou atendendo e também cuidando dos seus gatos. “É muito mais fácil pegar a infecção comendo verduras mal-lavadas e carnes malpassadas. Não é se desfazendo do gato que se elimina o problema”, pondera.

Cuidados específicos com os animais também são bem importantes. Deve-se evitar, por exemplo, que os gatos comam pequenas presas, como ratos e pássaros. Outras medidas preventivas: a gestante deve evitar manusear a caixa de areia, tarefa que deve ser assumida por outra pessoa. E o gato deve estar sob atenção: mais do que nunca, é bom manter o acompanhamento do veterinário.

Cultivando a amizade

Quando o bebê chega, a preocupação passa a ser a convivência dos dois. Thayanne Costa, mãe de Stive, conta que nem passou por sua cabeça se desfazer do Biscoito com a chegada do filho. “Tive um pouco de medo, mas nem precisava. O Biscoito adora ficar deitado perto do Stive e a relação foi sempre tranquila, de carinho. Ele nunca machucou meu filho”, conta.

Helena Jacob, mãe de Pedro, também nunca pensou em abrir mão de seus gatos. “Fiquei bem atenta nos dois primeiros meses”, conta, embora sempre tenha deixado os gatos se aproximarem do bebê. “O meu segredo foi tratar com naturalidade, mas ficando de olho neles”, explica. Atualmente, Helena tem cinco gatos, e foi, aos poucos, ensinando os gatos e o filho a conviverem. “O Pedro, por exemplo, aprendeu a não apertar o gato.”

Pedro nunca teve alergia, que é um outro temor. A explicação disso é justamente um ponto a favor do contato com os gatos: ele estimula a criação de anticorpos. Victor Nudelman, pediatra e diretor clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, pai de Mariana, Gabriel e Bruno, explica: “Se o bebê se acostumar desde cedo com o gato, tem menos chances de desenvolver alergia”, orienta.

Então, sem crise. Mas vale conversar com o médico que a acompanha durante a gravidez, o veterinário do animal e o pediatra do recém-nascido. Porque, enfim, há situações específicas, gatos mais ariscos, crianças mais sensíveis a alergias… Aí, vai no caso a caso.


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