Nos EUA em crise, 67% dos pais preferem ganhar mais a ficar com o filho

^28/09/2012

 
Diante da crise, 67% dos pais americanos afirmam que prefeririam ganhar US$ 10 mil a mais ao ano do que ter uma hora a mais ao dia para se dedicar aos filhos.  O dado faz parte de uma pesquisa feita pela revista Parents em conjunto com o The Center for The Next Generation, uma entidade apartidária e sem fins lucrativos. A porcentagem cresce conforme a renda diminui: entre os que ganham menos de US$ 50 mil/ano, 73% optariam por mais dinheiro. Entre os latinos, há uma tendência maior a valorizar mais o tempo que o dinheiro.

Com a proximidade do primeiro debate presidencial entre Obama e Romney, marcado para 3 de outubro, o objetivo do estudo é divulgar as reais preocupações dos pais americanos. Procurou-se destacar a forma como a crise econômica, iniciada em 2008, influenciou o modo de vida das famílias. A pesquisa foi realizada com 2.100 pais de jovens de até 18 anos.

Aproximadamente 90% dos pais temem que não haja empregos suficientes para sustentar as famílias no futuro. E 28% afirmam que, após a crise, precisam trabalhar mais. Mais de 20% se lamentam por não poder pagar por uma educação com a qualidade que gostariam

A recessão também atingiu as crianças:  36% dos pais dizem que não têm conseguido pagar para que os filhos participem de atividades das nas quais seus amigos estão inscritos.

Embora muitos falem em um baby boom por causa do sucesso do livro “pornô para mães” 50 Tons de Cinza, a verdade é que a crise afetou o planejamento familiar: quase 20% dos pais disseram que a recessão contribuiu para a sua decisão de não ter outro filho.

A maioria dos cidadãos norte-americanos não acredita que os últimos governantes têm feito o bastante para as crianças, e é por isso que 97% deles afirmaram que a prioridade do próximo presidente deve estar voltada para a população infantil.