Família

Mãe de Moïse conta que família deseja sair do Brasil após conclusão do caso

REUTERS/Alexandre Loureiro

Publicado em 03/02/2022, às 16h31 - Atualizado às 17h00 por Redação Pais&Filhos


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Por volta das 20h desta última quarta-feira, 03 de fevereiro, Ivana Lay, mãe de Moïse Kabagambe, jovem congolês que foi morto por espancamento após ir cobrar o salário atrasado que o chefe devia, comentou sobre as intenções de sair do Brasil depois que o caso for concluído.

“Depois disso a gente quer sim sair do país, mas não antes de concluírem o caso do meu filho. A gente não pode deixar o Brasil enquanto a justiça não for feita”, disse Ivone Lotsove para o TAB da UOL, após enfrentar uma tarde de depoimentos sobre o crime, que aconteceu na noite de 24 de janeiro.

Ivone Lotsove comentou sobre os planos da família após assassinato do filho (Foto: REUTERS/Alexandre Loureiro)

“Só vamos sair depois que tivermos uma resposta, depois que tudo for concluído. Prenderam três pessoas, mas até agora ninguém explicou o que de fato aconteceu. A gente quer saber a verdade, o motivo de tanto ódio. Cadê as outras pessoas que viram e não prestaram socorro?” afirmou o irmão da vítima, Djodjo Baraka, enquanto a família se reunia na casa de Ivone para prestar apoio.

As investigações da polícia apontam Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o Dezenove; Brendon Alexander Luz da Silva, o Totta; e Fábio Pirineus da Silva, o Belo, como os assassinos de Moïse. Até o momento da produção desta matéria, os três homens seguem presos.

Relembre o caso

Moïse Kabagambe trabalhava por diárias em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. Seu corpo foi achado amarrado em uma escada, o chefe devia à ele dois dias de pagamento atrasado.

A mãe de Moïse, Ivana Lay, irá prestar depoimento na Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro. Ela chegou acompanhada dos irmãos de Moïse – que também vão depor -, e do procurador da comissão de direitos Humanos da OAB-RJ, Rodrigo Mondego.

“A gente sabe que quem está dando paulada em alguém que está desacordado não está revidando uma injusta agressão nem está tentando garantir uma legítima defesa. É nítido que houve sim uma intenção de matar. É fato que houve um dolo”, disse o advogado ao G1. Mondego comentou ainda que há uma tentativa de “desqualificar Moïse”

Moïse foi espancado no quiosque em que trabalhava (Foto: Reprodução/G1)

“Existe uma tentativa de transformar ele na pessoa que gerou o resultado da própria morte. Falar que ele estaria alcoolizado, que estaria alterado”, pontuou. Ele contou ainda um pouco das condições de vida de Moïse, que fazia bicos no quiosque Tropicália e para outros bares próximos, e que ele dormia no trabalho para economizar.

Mondego contou ainda que a defesa e a família só tiveram acesso ao vídeo que mostra a morte do congolês pela imprensa, que o vídeo está picotado, e que vão pedir acesso ao conteúdo do inquérito. Os suspeitos da morte do jovem já estão presos e devem responder por homicídio duplamente qualificado — por impossibilidade de defesa da vítima e meio cruel. O processo corre em sigilo.


Palavras-chave
Mãe crime depoimento congolês delegacia Moïse Kabagambe

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