Publicado em 29/09/2023, às 07h15 - Atualizado às 07h26 por Mayara Neudl, Estagiária | Filha de Lidia e Rogerio
Na quarta-feira, 27 de setembro, Guilherme França de Alcântara, de 19 anos de idade, foi preso por ter matado o seu irmão caçula diagnosticado com autismo, chamado Caio, de 7 anos, esquartejado. Um saco plástico preto foi achado debaixo da cama e Guilherme confessou o crime.
Em 2019, quando ocorreu o ataque à Escola Estadual Raul Brasil, no município de Suzano, no estado de São Paulo, Guilherme publicou fotos na ferramenta status em seu Whatsapp com uma máscara igual a que um dos autores usava durante o momento do crime, e ressaltava na escola que os dois tinham o mesmo nome.
Na época, ele tinha 15 anos de idade, e estudantes da Escola Estadual Leila Sabino, na região sul da cidade de São Paulo, registraram um boletim de ocorrências denunciando Guilherme pelas publicações, com as quais se sentiram ameaçados.
O documento oficial alega que Guilherme causou um sentimento de receio nos estudantes e nas pessoas que trabalhavam na unidade de ensino. “Tais postagens viralizaram entre alunos e funcionários da escola, acarretando em temor de fato semelhante vir a ocorrer”, relata o boletim, segundo o Metrópoles.
Ele, então, foi intimado a prestar depoimento à Polícia Civil no 100º Distrito Policial do Jardim Herculano, o mesmo que investigou a morte de Caio e prendeu Guilherme. O caso, porém, foi considerado “fake news”, ou notícias falsas, como alguns que surgiram na época.
O delegado Ricardo Igarashi, titular do DP, relatou também ao Metrópoles que o contexto do momento foi considerado para a decisão. “Na época aconteceram várias fake news sobre ataques em escolas. A molecada começou a querer gerar pânico nas pessoas. Pelo menos foi o que apuramos pelas declarações dos envolvidos aqui. Foi molecagem”, lembrou.
Também em entrevista ao Metrópoles, o delegado descreveu Guilherme como uma “pessoa fria” e de uma “psicopatia inigualável”. “Ele disse que tinha vontade de matar alguém, sem ter um alvo específico. Quando ficou sozinho com o irmão de 7 anos, chamou a criança até o quarto e aplicou nela um ‘mata-leão’ [golpe de chave de braço]”, disse.
No depoimento, o criminoso também comentou que o menino ficou inconsciente e foi sufocado com um cadarço. “Quando ele constatou que havia matado o irmão, quebrou os braços e pernas dele e colocou o corpo dentro do guarda-roupa”, relatou o delegado.
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