Família

Grávida, estado civil mãe(solteira)

Publicado em 01/06/2011, às 11h54 por Redação Pais&Filhos


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Estreia hoje a nova coluna do site da Revista Pais e Filhos. Flávia Werlang, mãe de Luna, estará conosco duas vezes por semana

Como grávida solteira, eu achava que as agruras da gravidez solo acabariam na hora do parto, quando eu tivesse a minha bebezinha nas mãos. Foi o momento mais importante de toda a minha vida, mas os problemas não acabaram como num passe de mágica. De repente, quando tivemos alta do hospital, no dia 23 de setembro de 2010, estávamos eu e minha filha, Luna, em nossa casa, sozinhas. Era enfrentar e enfrentar.

São vários os medos que eu tinha. Em primeiro lugar o de não ser boa mãe – mas estarei prestando este teste dia após dia -, medo de segurá-la no colo, de trocá-la, de não acordar se ela precisasse de mim… Fora os medos “surreais” como se não a protegesse poderiam roubá-la de mim enquanto eu dormia!

As dificuldades reais também foram aparecendo com o tempo: Luna pegava o seio fácil, mas não mamava o suficiente e dormia. O sono era leve e em uma hora acordava para mamar mais um pouquinho. O ciclo se repetia à noite com um período de duas horas. As cólicas apareceram com força total e descobri que ela tinha refluxo, o que deixou nosso sono ainda mais fracionado. Às vezes, eu queria “alguém” que estivesse apenas deitado ao lado. Poderia não fazer nada, mas estaria lá se o medo ficasse insuportável. O pai da minha filha ia visitá-la, mas ficava durante meia-hora ou quarenta minutos e depois que ela ficou maiorzinha começou a levá-la para a casa dele, entre uma mamada e outra.

O pior foi quando a minha filha tinha três meses e o meu leite secou. Ela não aceitava a mamadeira e eu não tinha leite para alimentá-la. Ela chorava e não queria a mamadeira, não aceitava o bico de silicone de jeito nenhum! Eu passei uma semana fazendo de tudo para ela mamar: comprando mamadeiras de todos os tipos (em forma do seio, de látex, conta-gotas), cantando e dando a mamadeira em pé… Eu chorava junto com ela nos primeiros dias pois me sentia impotente. Nunca vou esquecer do dia em que a mãe do pai da minha filha estava me ajudando e eu confessei: “Nestas horas, faz muita falta não ter seu filho por perto. Tem horas que só queremos um abraço. Isso já conforta”. Como mãe, ela sabe a dor que eu estava sentindo. Nos abraçamos, com lágrimas nos olhos, por alguns minutos. Luna aceitou a mamadeira. Eu aceitei que era sozinha.


Flávia Werlang, mãe de Luna, autora do blog Grávida, estado civil mãe (solteira). Esta coluna é destinada a todas mulheres que, assim como eu, engravidaram “sozinhas”.


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