Filha de Steve Jobs desabafa sobre relação abusiva com o pai

Todo mundo sabe que Steve Jobs foi um dos gênios da tecnologia, mas você sabia que ele foi um pai ausente e frio para a filha, Lisa Brennan e um péssimo homem com Chrisann Brennan, a mãe da criança? Pois é, triste só de imaginar. Mas a autobiografia “Small Fry” de Lisa, lançada nesta terça-feira (4), revelou que Steve finalmente pediu desculpas a sua filha em seu leito de morte por submetê-la a uma vida de crueldade que é contada no livro.

Steve tinha 23 anos quando descobriu que Chrisann estava grávida. Mesmo tenho certeza que era o pai de Lisa, ele negou ajuda e contato durante anos, o que fez com que ela e sua mãe crescessem com muitas dificuldades. A situação era tão preocupante que, além dos familiares, até mesmo os vizinhos ofereceram uma ajuda financeira às Brennan.

De acordo com ela, o fundador da Apple chorou inconsolavelmente enquanto a disse repetidamente: “Eu lhe devo uma, eu lhe devo uma”. Dias antes do câncer de pâncreas matá-lo aos 56 anos em 2011, Jobs admitiu: “Eu não passei muito tempo com você quando você era pequena”. Mas mesmo assim houve uma reviravolta na história quando ele revelou o motivo de não responder aos e-mails e telefonemas de sua filha e ignorar seus aniversários por 10 anos.

Quando Lisa perguntou o porquê, Steve respondeu: “Eu não sou muito bom em comunicação”. Nessa junção de memórias, ela conta que quando tinha nove anos, Jobs humilhou sua amiga Sarah simplesmente porque ela pediu um hambúrguer. “Que voz horrível. Você não pode nem falar, nem comer. Por favor, pare de falar”, ele dizia. Além disso, ele teve crises com Chrisann e explodia com garçonetes em restaurantes porque a salada de cenoura não era do seu agrado, por exemplo.

Aos 9 anos, Lisa estava passando por uma terapia familiar com seu pai e, por conta disso, passou um final de semana na casa dele. Ela revela que Jobs a obrigou a ficar dentro de um quarto com ele enquanto beijava e acariciava a esposa. “É importante que você tente fazer parte deste momento familiar”, ele tentou explicar.

Hoje, aos 40 anos, ela conta histórias cruéis e perturbadoras que viveu com o pai, mas, mesmo assim, enfatiza que não quer condená-lo e o perdoa. “Com este livro eu procuro um alívio para a vergonha que senti quando criança”, Lisa contou em entrevista ao The New York Times.

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