Família

Férias, socorro!

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Publicado em 04/01/2013, às 05h00 por Redação Pais&Filhos


04/01/2013
Por Lica Durate, filha de Ana
Nada é mais esperado pelas crianças do que as férias de verão. É a hora de não fazer nada e só brincar. Seria o paraíso se não fossem os incidentes…Eles podem ser pequenos como um corte no pé, mas também podem ser graves e chatos de serem resolvidos como uma alergia ou um engasgo forte. Foi por isso que fizemos um pequeno guia de como sobreviver nas férias sem ser surpreendido por situações que, se nos preocupam em casa, na praia ou no meio do mato então nem se fala. “A mudança de hábitos interfere no sono, no apetite e em todo o ritmo das crianças, por isso os pais devem pensar no roteiro de acordo com as limitações dos filhos e estar preparados para algumas adversidades”, alerta Sandra de Oliveira Campos, filha de Amélia, professora de pediatria da Universidade Federal de São Paulo. Por isso é importante já sair de casa levando na bagagem algumas medicações e algumas noções sobre o que fazer na hora do aperto. Mas Marcelo Reibscheid, filho de Wilfrido, pediatra da Santa Casa de São Paulo, é categórico: “Na dúvida se o que acontece é grave ou quando os sintomas da criança não passam, o ideal é não ficar pensando muito e ir direto para o pronto-socorro mais próximo”. Veja as dicas e orientações dos dois especialistas:
Febre
O que levar: Termômetro e antitérmico. 
O que fazer: Se a temperatura é superior a 37,8º. C, dê a medicação. É importante deixar a criança com roupa adequada para a temperatura ambiente, oferecer bastante água e não esperar que ela coma no período em que estiver febril. Mas se a febre não baixar com o remédio e aparecerem outros sintomas, vá ao pronto-socorro.
Queimadura de Sol
O que levar: Hidratante infantil e – como prevenir é melhor do que remediar – protetor solar infantil e a memória para lembrar de reaplicá-lo a cada duas horas. 
O que fazer: Se a criança sente muita dor, dê o antitérmico. É possível fazer compressa com soro fisiológico, mas o hidratante costuma resolver. Se aparecerem bolhas, não estoure e procure um médico. Não exponha a criança ao sol até melhorar.
Engasgo
O que levar: Atenção, muita calma e instruções do pediatra de como agir. 
O que fazer: Não vire nunca a criança de cabeça para baixo e nem enfie o dedo na garganta sem saber a que o fez engasgar e em que profundidade está. Se ela está tossindo, apenas acompanhe e incentive. Só interfira se a criança tossir sem som, com dificuldade de respirar ou perder os sentidos. Nesses casos, primeiro grite para que alguém chame a emergência. Depois olhe pela boca para avaliar se o objeto é visível e pode ser retirado. Se estiver inconsciente e for menor de 2 anos, os pais devem fazer compressões torácicas, repetindo a manobra até que ela respire ou chegue ajuda. Se a criança for maior de 2 anos e estiver consciente, os pais devem abraçá-la por trás (com os braços sob as axilas) e posicionar as mãos entrelaçadas logo abaixo das costelas. A ação consiste em pequenos golpes (trancos firmes) para que o objeto saia.
Corte
O que levar: Sabonete e solução iodada, que é cicatrizante.
O que fazer: Lavar bem a ferida com água e sabão e pressionar para estancar o sangue com uma gaze. Se o sangramento continuar, ou as bordas do machucado estiverem afastadas, pode ser que precise de ponto. Certifique-se também de que não há nenhuma farpa na ferida e se o corte foi com vidro ou metal. Cheque ainda se a vacina antitetânica do seu filho está válida. Se o primeiro atendimento for feito corretamente, a ferida pode ser suturada até seis horas depois do acidente. Por isso, os primeiros cuidados são importantes para que volte com calma da praia ou da fazenda e leve seu filho ao hospital. Mas, atenção! Depois dessas seis horas, não é mais possível dar pontos, pois há risco de infeccionar o local
Queimadura de fogo
O que levar: Remédio para dor, soro fisiológico e hidratante.
O que fazer: Não passar nenhum tipo de pomada e muito menos pasta de dente. O correto é hidratar, e isso pode ser feito até com óleo de cozinha. Não estoure as bolhas, e se a criança estiver com muita dor dê o analgésico indicado pelo pediatra.
Vômito
O que levar: Antiemético.
O que fazer: O risco do vômito é a desidratação, por isso ofereça líquido várias vezes em doses pequenas e não force a criança a comer. Se de 30 a 40 minutos depois de dado o medicamento ela vomitar mais vezes, entre em contato com o médico. Só ofereça líquido em maiores quantidades e alimentos depois de 40 minutos que a criança estiver sem vomitar.
Fratura
O que levar: Paciência para não tentar colocar nada no lugar, porque além de ser doloroso pode romper vasos.
O que fazer: Se a criança caiu ou bateu com força e sente dor vá direto para um pronto-socorro.
Mordida de inseto
O que levar: Antialérgico e pomada receitada pelo seu médico.
O que fazer: Verifique se o ferrão ficou na pele e retire com pinça. Passe a pomada para coceira se assim foi indicado pelo pediatra antecipadamente e dê o antialérgico.
Dor de garganta
O que levar: Analgésico e spray de mel com própolis.
O que fazer: No início de resfriados a garganta fica vermelha e dói para engolir. Nesses casos use a medicação para dor e spray de mel e própolis. Mas se a dor vier acompanhada de febre é preciso procurar atendimento médico. Até passar totalmente nada de brincar na água.
Diarreia
O que levar: Soro de hidratação oral.
O que fazer: As diarreias de férias têm geralmente origem alimentar, mas também podem ser por causa de infecção ou vírus. Estas persistem por vários dias. Os medicamentos antidiarréicos são contra-indicados para crianças, por isso não há como reverter o quadro. O risco é desidratação, então dê o soro oral aos poucos a cada evacuação. Não force alimentação e evite alimentos gordurosos. Se a diarreia persistir, procure um médico.
Mordida de cobra, cachorro e outros bichos
O que levar: O cuidado de não expor a criança a situações de risco.
O que fazer: Procurar um médico imediatamente. No caso da cobra é importante levar o bicho para ser identificado. Do cachorro, se informe com o dono se é vacinado e está saudável, mas mantenha-o sob observação por dez dias, se ele adoecer, sumir ou morrer é indicado tomar vacina e soro anti-rábico. Se a mordida for de gato, macaco, roedores ou de um cachorro desconhecido consulte rapidamente um médico para saber se é necessário vacina e soro. Lave o local com água e sabão e não passe substâncias coloridas, para poder observar se a ferida inflama.
Dor de ouvido
O que levar: Analgésico e antitérmico.
O que fazer: Não pingue álcool e nenhum tipo de remédio sem orientação do pediatra. A otite externa é comum por causa da piscina e do mar. Geralmente ela melhora com compressas (toalha passada a ferro ou bolsa térmica), paciência e remédio para dor. Se a criança não melhorar, vá para o pronto-socorro. Até que não haja mais dor a programação deve passar longe da piscina e do mar.
Insolação
O que levar: Muito líquido para não deixar que a criança chegue a esse estágio e cuidados com os horários de exposição ao sol.
O que fazer: Se a criança está com letargia progressiva, sede intensa, olhos profundos e sem brilho, dor de cabeça e vômito vá correndo para o hospital pedindo perdão por não ter dado líquido suficiente para ela se manter hidratada. Só faça o soro caseiro se não houver como ir a um pronto-socorro e se tiver certeza absoluta de que sabe prepará-lo. Em dose errada de açúcar ou sal ele é pior do que não dar nada.
Alergia
O que levar: Antialérgico.
O que fazer: Se for possível identificar o que causou a alergia, afaste da criança esse fator ou tudo de que você desconfia. Dê o antialérgico na dose e intervalo exato prescritos pelo médico. Se a alergia não melhorar procure um posto de saúde ou ligue para o pediatra.
Ingestão de corpo estranho
O que levar: Calma para não entrar em pânico e acabar piorando a situação.
O que fazer: Levar a criança imediatamente para um pronto-socorro. Quem tenta tirar o objeto sozinho pode empurrá-lo mais para dentro e piorar a situação. Se o objeto foi engolido não tente induzir o vômito, se a criança não engasgou e nem se feriu quando engoliu, pode fazê-lo ao vomitar.
Consultoria 
Dra. Sandra de Oliveira Campos, pediatra
Dr. Marcelo Reibscheid, pediatra

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