Publicado em 07/02/2022, às 07h09 por Redação Pais&Filhos
Em meio a dor do luto, uma família decidiu viajar ao redor do mundo para passarem mais tempos juntos após a bebê Amelie Bacuyani, que nasceu com apenas 23 semanas, morrer de Displasia Broncopulmonar (DBP), também conhecida como doença pulmonar crônica. Os pais de Amelie conversaram com a TODAY Parents sobre como o luto mudou a perspectiva sobre o tempo e a vida de Angelica, o marido e os outros três filhos.
A família vendeu sua casa em Oregon e todos os seus pertences, para se mudar para Ohio, perto de um centro que trata Displasia Broncopulmonar (DBP). Após o nascimento, a criança fez uma traqueotomia e deveria voltar para casa com um respirador em outubro de 2021. No entanto, Amelie nunca chegou a ir para casa e morreu repentinamente no hospital.
“Eu tinha acabado de começar a perder o medo de perdê-la, algo que tive durante toda a minha gravidez e durante sua permanência na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Foi devastador”, relembra Angelica.
A mãe de Amelie explicou que todos da família apenas queriam ficar na cama o dia todo, sem fazer nada. Mas logo, sua perda inimaginável deu aos Bacuyani uma nova perspectiva. Em uma conversa, o casal pensou muito sobre o que era importante para eles, e ambos perceberam que o tempo é passageiro.
“Às vezes, as pessoas entram em seus próprios buracos para lamentar sozinhas e não conseguem se recuperar disso. Eu queria que nós sofrêssemos juntos, crescêssemos juntos. Perdemos uma filha; eles perderam uma irmã. A última coisa que quero é que nos percamos”, conta a mulher.
A família já havia vendido sua casa e a maioria de seus pertences para cuidar de Amelie. As crianças já haviam estudado em casa uma vez antes. Sem vontade de voltar às suas rotinas diárias, eles decidiram viajar em tempo integral.
A primeira parada foi em Daytona Beach, Flórida. De lá, Fort Lauderdale. Em seguida, para St. Croix, de volta para a Flórida (Fort Pierce), e logo em seguida foram para o México. A próxima parada foi no Panamá, e assim seguem viajando há três semanas, publicando seus destinos no Instagram da família.
E em todos os lugares que visitam, a família leva as cinzas da caçula, com a inteção de espalhá-los em lugares especiais ao longo do caminho, mas até agora a família não conseguiu se desfazer de nenhum. Amelie faz parte da família todos os dias.
Angelica disse que todos falam da perda da irmã livre e abertamente, mas em certos momentos, a dor do luto vem de maneira desenfreada. “Estarei na praia e verei uma menina com sua família e começarei a chorar. Mas, de certa forma, ver cenas como essa também curam”, finaliza a mulher.
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