Em uma ação realizada pela Justiça do Amazonas, foram emitidos cinco mandados de prisão preventiva contra indivíduos envolvidos em uma série de delitos graves, incluindo tráfico de dr0gas, associação para o tráfic0 e estupr0. Entre os presos estão familiares e colaboradores de Djidja Cardoso, conhecida por sua atuação como ex-sinhazinha do boi-bumbá Garantido, que foi encontrada m0rta em sua residência.
As investigações conduzidas pela Polícia Civil revelaram a existência de um grupo denominado “Pai, Mãe, Vida”, liderado por Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso, mãe e irmão de Djidja. O grupo foi acusado de promover o uso forçado de cetamina – um anestésico com propriedades dissociativas, que se tornou uma dr0ga ilícita desde a década de 1980 – em rituais realizados na cidade de Manaus.
Funcionários do salão de beleza da família, Belle Femme, também foram implicados nas atividades ilegais do grupo, o que resultou em suas prisões. Dentre os detidos na operação policial estão a mãe e o irmão da vítima, e Verônica da Costa, gerente dos estabelecimentos Belle Femme.
Na residência onde ocorreram as prisões, localizada no bairro Cidade Nova, Zona Norte de Manaus – mesma casa onde Djidja foi encontrada sem vida – a polícia apreendeu seringas, anestésicos, medicamentos controlados e frascos contendo cetamina. Equipamentos eletrônicos e uma mala também foram recolhidos para perícia.

As autoridades estão investigando a possibilidade de uma conexão entre a m0rte de Djidja Cardoso e as atividades ilícitas praticadas pelo grupo. Além disso, há suspeitas de que algumas vítimas tenham sido submetidas a violência s3xual e forçadas a ab0rtar.
Os presos foram levados para o 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), embora não tenham prestado depoimento imediatamente, dada a condição de estarem sob o efeito de dr0gas na ocasião. A advogada de defesa dos acusados expressou a intenção de buscar tratamento para seus clientes. Mais membros associados ao esquema criminoso são investigados pelas autoridades. Claudiele Santos da Silva e Marlisson Vasconcelos Dantas, ambos funcionários do Belle Femme, enfrentam acusações relacionadas à prática ilegal.