Família

Estudo prova que seu filho pode aprender dormindo e a gente te explica como

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Publicado em 08/04/2020, às 09h06 - Atualizado às 13h43 por Cinthia Jardim


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A pesquisa provou ainda sobre a amnésia infantil (Foto: Getty Images)

É comum na infância experimentarmos coisas novas e aprender com elas, mas você sabia que enquanto dorme seu filho pode processar todas essas ideias? De acordo com o Science Daily, na primeira infância, pensava-se que o sono poderia apenas promover a memória semântica, como conhecimentos gerais ou significados das palavras, por exemplo.

A partir de um estudo realizado por cientistas do Instituto Max Planck de Ciências Cognitivas e do Cérebro (MPI CBS) de Leipzig e da Universidade Humboldt (HU) de Berlim, juntamente com pesquisadores de Lübeck e Tübingen, foi possível perceber que os bebês também constroem a memória episódica enquanto dormem. Ou seja, isso permite que eles lembrem as experiências individuais após o cochilo.

O estudo teve três fases e foi observado em bebês de 14 a 17 meses de idade. Para a primeira etapa, foram distribuídos placas de aprendizado, onde haviam objetos com nomes que eles já conheciam. O primeiro grupo dormiu durante duas horas, enquanto o outro ficou acordado.

Na segunda fase, os pesquisadores mostraram as mesmas imagens, apenas com algumas diferenças. Nelas, poucas estavam com o nome errado. Durante o experimento, o eletroencefalograma (EEG) registrou tudo e os resultados foram surpreendentes!

Seu filho pode aprender muito dormindo! (Foto: Getty Images)

Nos dois grupos foi identificado o componente N400, que acontece quando o cérebro processa significados inapropriados para uma determinada coisa. As crianças obviamente sabiam que uma bola não era um carro. No entanto, foi diferente quando na fase de aprendizagem os bebês viam uma bola sendo chamada de carro. Em outro momento, apenas o grupo que ficou acordado apresentou o componente, enquanto o que dormiu, não.

“Os resultados mostram que o sono não apenas permite ao cérebro infantil generalizar as experiências individuais, mas também preservar as experiências individuais em detalhes e diferenciá-las dos conhecimentos gerais existentes”, explica a primeira autora Manuela Friedrich, pesquisadora do MPI CBS e HU Berlin. Ela ainda explica: “O fato de um episódio reconhecido de objeto-palavra não ser entendido como referência ao conhecimento geral significa que seus detalhes podem ser protegidos contra a mistura com a memória existente”, explica no estudo publicado na revista Nature.

Isso também pode explicar a chamada amnésia infantil, que é quando não conseguimos nos lembrar das experiencias da primeira infância. É suposto que as crianças pequenas podem não ser capazes de gerar o conhecimento episódico a longo prazo. Com o estudo, pode ser provado ainda que atualmente, os bebês conseguem lembrar desses eventos em detalhes e que o sono pode contribuir muito para o processo.

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