Em guerra, Ucrânia faz primeiro transplante de coração em criança

Na segunda-feira, 10 de julho, em meio a guerra entre Ucrânia e Rússia, o  Instituto do Coração do Ministério da Saúde da Ucrânia, relatou que ocorreu o primeiro transplante de coração em uma criança no país.

A cirurgia do transplante de coração foi um sucesso, ela foi realizada no último domingo, 9 de julho, em que uma menina de 6 anos após três horas de operação, recebeu o coração de um menino, de 4 anos, que faleceu por conta de  uma morte cerebral em decorrência de um aneurisma.

O Instituto do Coração do Ministério da Saúde da Ucrânia, falou sobre o sucesso da cirurgia em meio as dificuldades de estarem enfrentando uma guerra: “A operação também foi única porque tanto o doador quanto o receptor eram crianças muito pequenas, e o transplante exigiu mais esforço dos médicos”, declarou o instituto.

O procedimento cirúrgico foi liderado pelo médico Boris Tudorov, que é cientista-chefe do departamento cirúrgico e de tratamento minimamente invasivo. Nas redes sociais, ele comemorou o sucesso da cirurgia: “A operação transcorreu sem problemas, a menina foi desentubada duas horas após a operação”.

A presidente do subcomitê do Parlamento ucraniano para tecnologias médicas modernas e desenvolvimento de transplantes, Oksana Dmytrieva, também comemorou: “A operação correu bem e o novo coração está batendo no peito da menina. É extremamente comovente que a mãe do menino falecido tenha vindo ouvir o coração de seu filho batendo em outro peito… Estou com lágrimas nos olhos com esta foto”.

Além disso, ela agradeceu os pais do menino por liberarem a doação de órgãos. A menina estava esperando pelo órgão há mais de 3 anos: “Muito obrigado aos pais do anjinho, que fizeram um ato extremamente nobre neste momento extremamente difícil para a família! Vocês são pessoas com um coração grande e gentil! Que o anjinho descanse em paz. E uma rápida recuperação para os pacientes que tiveram a chance de uma vida plena!”, disse ela sobre a importância da doação mesmo sendo dolorosa para a família.

“Esta é a manifestação mais nobre da humanidade. Especialmente quando se trata da perda de um filho”, finalizou ela sobre o ato da doação.

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