Publicado em 13/07/2021, às 05h45 - Atualizado às 05h53 por Jennifer Detlinger
Sabe aquela criança que tem dificuldade de prestar atenção na aula, passa muito tempo sonhando acordada e se distrai facilmente? Poderia ser qualquer uma, não é mesmo? Porque isso tudo faz parte da infância e a gente está acostumada a lidar com os comportamentos sem se preocupar se eles são saudáveis ou não. Mas é preciso ter atenção e um olhar cuidadoso caso seu filho apresente esses comportamentos. Alguns deles podem ser sinais do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade – também conhecido pela sua sigla, TDAH.
Neste Dia Mundial da Conscientização do TDAH, vamos falar sobre a importância de ter cada vez mais informações sobre o assunto. Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), este é um dos transtornos com maior incidência entre crianças e adolescentes, e é caracterizado, basicamente, por três sintomas: desatenção, hiperatividade e impulsividade.
E nem sempre é necessária a presença dos três sintomas simultaneamente: crianças com TDAH têm dificuldades de focar em um objeto, fácil distração e dificuldade em terminar atividades, como o dever de casa. Além disso, podem apresentar facilidade em perder materiais escolares ou brinquedos e dificuldade em ficar parada, com o hábito de levantar várias vezes da cadeira na escola ou na hora do jantar. Mas além desses comportamentos, é importante analisar todas as áreas da vida dessa criança antes de bater o martelo com o diagnóstico.
O TDAH é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e, de acordo com a ABDA, é um dos problemas neurológicos de comportamento mais comuns da infância, com número total de casos que varia entre 5% e 8%. Em mais da metade deles, o transtorno acompanha a pessoa na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos. Acredita-se que mais de 60% das crianças que tiveram TDAH na infância ingressaram na vida adulta com sintomas. Segundo a ABDA, a falta de informações acaba levando à demora no diagnóstico e no tratamento dos portadores do TDAH, que acabam sofrendo por vários anos sem saber que a sua situação pode ser tratada.
Por isso, é essencial que o diagnóstico correto seja feito e que os pais fiquem de olho nos comportamentos das crianças para consultar um especialista quando necessário. É importante lembrar também que o diagnóstico do TDAH não é simples: é necessária a avaliação neuropsicológica bem fundamentada, observando todas as esferas da vida da criança — não basta uma única observação ou avaliação geral.
Seu filho pode apresentar dificuldade em se concentrar, focar e também apresentar comportamentos como: se mexer muito o tempo todo; contorcer mãos e pés; não conseguir ficar sentado; ter dificuldade para executar alguma tarefa; não conseguir esperar sua vez; fala excessiva; interromper pessoas.
O que diferencia uma criança com TDAH de uma criança que não apresenta o transtorno é a constância dos comportamentos, a idade de início dos sintomas e se há ou não prejuízos sociais ou pedagógicos. Há 18 comportamentos ligados ao TDAH, que se dividem nos três grupos de sintomas que falamos anteriormente: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Esses comportamentos precisam persistir por mais de seis meses, em dois ou mais ambientes:
Ainda há muito preconceito envolvendo o TDAH. Às vezes, ele é encarado como frescura ou até um assunto relacionado exclusivamente ao desempenho escolar. Existe uma ideia errada de muitas pessoas que acreditam que os sintomas do TDAH são falta de limite dos pais ou até mesmo um problema na criação. Ao ser negligenciada, a criança pode acabar passando por problemas na escola e em casa que não precisaria enfrentar com um tratamento adequado. “Os pacientes que têm o transtorno sofrem porque muita gente ainda acha que isso não existe, que é uma doença inventada por preguiçosos, enquanto, na verdade, eles realmente precisam de tratamento”, esclarece Antônio Geraldo da Silva, pai de Ana Luiza, psiquiatra e presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
A disfunção neurobiológica tem como um dos seus principais fatores de risco a herança genética. Entretanto, para chegar ao diagnóstico, é preciso uma avaliação profunda do comportamento da criança, do ambiente e rotina que ela vive, tanto em casa, como na escola. Ou seja, os genes podem não ser os responsáveis pelo transtorno em si, mas, sim, por uma predisposição da pessoa. Então, muitas crianças com TDAH possuem familiares (pais, tios, avós, irmãos) com o mesmo diagnóstico. E, segundo a ABDA, várias pesquisas foram necessárias para provar que a recorrência familiar realmente pode existir.
Estes são alguns fatores que podem influenciar na tendência ao transtorno quando associado à herança genética:
Há anos existe tratamento para o TDAH, possibilitando uma vida melhor tanto nos aspectos pessoais, quanto sociais. Mas é importante que o médico tenha muita cautela, tanto no momento da avaliação, quanto ao dar o veredito, já que mesmo com o diagnóstico feito, apenas 10% das crianças brasileiras recebem a prescrição correta – e isso engloba muito mais do que o uso da medicação. O tratamento completo inclui outras áreas, como Psicoterapia, a Psicologia, a Fonoaudiologia e o que mais ela precisar. É superimportante começar a terapia desde cedo para que o desempenho na escola não seja afetado, já que é nessa época que o cérebro da criança está em desenvolvimento.
Mas, cá entre nós, muito além de consulta, prescrição médica, remédios ou terapia, é muito importante que seu filho esteja inserido num ambiente saudável, onde possa se desenvolver da melhor maneira possível. E, claro, ter a atenção dos pais é imprescindível para qualquer criança, sempre com muito carinho, amor e cuidado.
Gostou do conteúdo? Os depoimentos do vídeo abaixo, feito pela Cellera Farma, são de Eline e Ana, mães do Lucca e do André, respectivamente, duas crianças com o diagnóstico de TDAH, e a Rebeca, de 30 anos, que foi diagnosticada com TDAH depois de adulta. Confira a seguir:
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