Publicado em 05/05/2020, às 16h59 por Helena Leite
Uma prática muito comum no Sudão foi proibida no dia 22 de abril. Uma lei aprovada pelos Conselhos Soberano e Ministerial do país proibiu a prática de mutilação genital feminina no país — que consiste na retirada de partes dos órgãos genitais da mulher.
Pois é, por mais absurdo que essa prática soe aos nossos ouvidos inseridos na cultura brasileira, a mutilação era algo muito comum no Sudão. Segundo dados da Unicef, 86,6% de todas as mulheres do país tinham sido vítimas dessa prática em 2014.
Atualmente, quem cometer o crime pode sofrer pena de até 3 anos de reclusão, segundo o UOL Universa. Abdullah Fadil, representante da Unicef no país, disse que a ideia é aumentar a conscientização entre os diferentes grupos, como parteiras, profissionais de saúde, pais e jovens.
A mutilação da genitália feminina é comum em diversos países da África e Oriente Médio. Amparada pelos costumes culturais e religiosos, a prática é considerada um importante pilar do casamento e é frequentemente vista como um rito de passagem.
Esse ritual, no entanto, tem machucado muitas garotas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mulheres e meninas que sofreram com essa prática enfrentam riscos à saúde e as consequências podem ir desde infecções causados pelo corte até traumas psicológicos.
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