Quando anunciaram o surfe como modalidade olímpica, a atleta Tatiana Weston-Webb passou pela decisão de ter que escolher entre três países que significavam muito para ela: Brasil, onde a mãe e a surfista nasceram; Estados Unidos, onde passou a vida toda; e a Grã-Bretanha, país em que o pai dela nasceu. Mesmo mantendo uma relação próxima com o estado em que cresceu, o Havaí, ela ainda escolheu o Brasil para representar. A mulher agora está na disputa por uma medalha olímpica e deve surfar nas semifinais contra a costarriquenha Brisa Hennessy hoje, dia 5 de agosto.
Filha de um britânico com a bodyboarder brasileira Tanira Guimarães, Tati nasceu no Rio Grande do Sul, mas ainda se mudou muito nova para o Havaí. Tanto que no começo da carreira representava o estado americano, mas sempre esteve próxima do Brasil, fazendo viagens para o Rio Grande do Sul, falando em português com a mãe, comendo comida típicas e inclusive se casando com um brasileiro, o surfista Jessé Mendes.
A atleta conta que quando o surfe virou uma modalidade das Olimpíadas, passou um por um momento de decidir qual país iria defender: “Era uma decisão difícil no momento, só que daí eu comecei a pensar como meu coração sentia. Foi fácil depois disso. Eu me sentia muito mais brasileira do que havaiana, não sou havaiana. Nem sou dos Estados Unidos. Eu me sinto muito mais brasileira do que tudo. Eu escolhi representar nosso país e foi uma escolha incrível, mudou minha vida”, contou ao site do COI.
LeiaMais
Na época, algumas pessoas alegaram que Tati só escolheu o país pois seria mais fácil do que disputar com as norte-americanas, mas acabou conquistando os brasileiros. Ela é, atualmente, a melhor brasileira no circuito mundial. A surfista participou das Olimpíadas Tóquio-2020 representando o Brasil, e em 2023, conquistou uma nos Jogos Pan-Americanos.
