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Covid-19 no Brasil: estudo diz que primeira onda deve acabar em outubro

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Publicado em 21/09/2020, às 09h43 - Atualizado às 09h50 por Camila Montino


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Segundo uma análise coordenada pelo Departamento de Estatística da Universidade Federal Fluminense (UFF) aponta que a transmissão do novo coronavírus segue a mesma sazonalidade de doenças como a H1N1 e gripe Influenza. Portanto, a tendência é de que os casos de coronavírus diminuam com a aproximação do verão, que ocorre no caso do Brasil e em todo o hemisfério sul.

Estudo mostra que que doenças de transmissão respiratórias aumentam no período do inverno (Foto: Getty Images)

A análise foi realizada pelo estudo Detecção Precoce da Sazonalidade e Predição de Segundas Ondas na Pandemia da Covid-19, que levantou dados de doenças (como H1N1), mostrando que doenças de transmissão respiratórias aumentam no período do inverno. “A sazonalidade de doenças significa que existe um padrão anual onde há um momento do ano em que a doença tem uma transmissão maior. No caso das doenças de transmissão respiratória, geralmente elas apresentam uma sazonalidade típica do período de outono e inverno, ou seja, elas têm uma transmissão maior e, portanto, uma quantidade maior de pessoas infectadas nos meses de outono e inverno”, explicou o professor Márcio Watanabe, do Departamento de Estatística da Universidade Federal Fluminense (UFF), segundo a Jovem Pan.

De acordo com o professor responsável pelo estudo, os modelos matemáticos mostram que a segunda onda no Hemisfério Norte será muito mais forte do que a primeira. “A tendência é que essa segunda onda na Europa e na Ásia será maior para muitos países do que a primeira onda, porque o período de transmissão lá é de setembro até março e a primeira onda lá começou no final de fevereiro, já no final do período sazonal. E aí ela foi interrompida. Era para ser uma onda grande como no Brasil, mas foi interrompida logo no comecinho, com o efeito da sazonalidade, com um mês e meio. Aí a transmissão caiu muito e essa primeira onda ficou pela metade, por assim dizer”, ressaltou.

Já no Brasil e no hemisfério sul, por outro lado, o pesquisador diz que, se houver uma nova onda, ela será a partir da metade de março de 2021 e terá uma intensidade menor. “São vários fatores. Provavelmente, lá para abril a gente já tenha uma vacina disponível e tendo uma vacina provavelmente nós não vamos ter uma segunda onda. E caso o país tenha uma segunda [onda], ela com certeza vai ser menor do que essa primeira onda, porque a gente já teve um surto muito grande no país, que durou desde março até agora, com um número significativo de casos, então a tendência é que a próxima onda seja menor do que essa primeira”, conta.

Apesar do estudo mostrar que o número de casos deve diminuir, devemos lembrar que a pandemia não acabou e temos que continuar seguindo as medidas restritivas, para que assim diminua o número de pessoas infectadas pelo vírus.  “A sazonalidade ajuda a reduzir a transmissão, mas se afrouxa as medidas restritivas, vai ter uma força puxando para cima e outra puxando para baixo. Então, é importante que as as medidas sejam tomadas com planejamento e responsabilidade”, reforça o pesquisador.


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