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Coleta de células-tronco do Sangue e Tecido do Cordão Umbilical: saiba os benefícios desta técnica

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Publicado em 05/05/2022, às 11h36 - Atualizado às 11h36 por Yulia Serra


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Acredite se quiser, é possível, atualmente, fazer a coleta das células-tronco do Sangue e Tecido do Cordão Umbilical. Essa prática que é realizada no nascimento do bebê, desde o surgimento há 25 anos nos Estados Unidos, países asiáticos e europeus, tem se mostrado uma importante ferramenta diante da necessidade de futuros transplantes. No Brasil, a técnica é oferecida desde 2003 e um dos responsáveis por implantar ela, o Dr. Nelson Tatsui, médico hematologista e hemoterapeuta da Faculdade de Medicina da USP e diretor técnico do laboratório de biotecnologia Criogênesis, pai de Luis Fernando e João Pedro, tira todas as dúvidas sobre esse tema.

Células-tronco e o seu papel

Antes de tudo ele esclarece o que são as famosas células-tronco: “Os cientistas têm mostrado que algumas células do corpo têm uma potência, uma missão de regeneração, uma vez que possuem a capacidade de se dividir em células iguais a ela que são duplicadas, que por sua vez são duplicadas até formar tecidos diferentes, desde ósseo até neurológico. Elas foram nomeadas de células-tronco”. Após essa descoberta, os cientistas perceberam que poderiam usá-las no tratamento de doenças degenerativas ou até auxiliar no tratamento do câncer, por exemplo.

Com o avanço da ciência, atualmente, é possível usá-las para transplante com a mesma finalidade citada acima, além de outras doenças sanguíneas, como leucemia e linfoma, e não sanguíneas, como diabetes, paralisia cerebral e autismo. Porém, já é de conhecimento que a fila de transplante é uma barreira para estes pacientes, portanto, ter o próprio armazenamento de células-tronco é, sim, benéfico. Para garantir isso ao seu filho, de acordo com o Dr. Nelson Tatsui, é necessário que o casal, até cerca de um mês antes do nascimento previsto do bebê entre em contato com o banco de Sangue de Cordão Umbilical. “Para realizar o procedimento, é preciso fazer uma documentação baseada nas novas legislações de proteção de dados, provar que a mãe leu e autorizou a coleta, provar para a Vigilância Sanitária que estou seguindo os protocolos, então demanda um tempo”, explica.

A coleta em si

Mas além destas questões burocráticas, não há nenhuma preparação que a mãe ou bebê precisam. É importante frisar que esta técnica não traz riscos nem para a grávida nem para o recém-nascido. O procedimento, como já mencionado, acontece imediatamente após o parto, independente dele ter sido normal ou cesariana. No caso da coleta de sangue, “depois da separação do bebê aos cuidados pré-natais, é feita uma punção na veia umbilical e o sangue é drenado para bolsa, que contém nutrientes e anticoagulantes. Com a placenta dequitada e removida, ela também é colocada em cima de outra mesa esterilizada em que pode, eventualmente, fazer mais uma coleta de sangue”, conta o médico.

Já para a coleta do tecido do cordão, que nada mais é que aquele cordão umbilical que fica entre o umbigo do bebê e o corpo da placenta, “é realizado um corte de 10 a 20 centímetros e esse material é colocado em uma garrafa pequena com um líquido que mantém ele vivo”, acrescenta. O Dr. Nelson ainda enfatiza: “Esse procedimento leva em torno de 5 minutos, então não prolonga o ato cirúrgico”. Ambos materiais coletados são enviados para um laboratório em até 48 horas e mantidos a uma temperatura em torno de 8°C durante o transporte.

No laboratório

Seguindo os protocolos internacionais, após  encaminhar  o  sangue  de  cordão umbilical e tecido de cordão umbilical ao laboratório, as amostras passam por rigorosos testes de qualidade, como contagem de número absoluto de células-tronco, a viabilidade  celular  e  testes  de  contaminação,  para  verificar  a  presença  de  bactérias  ou quaisquer agentes anômalos.

O  processamento  do  tecido  de  cordão  umbilical consiste  em  fragmentar  a  amostra  em pedaços de aproximadamente 1 mm quadrado, depois ocorre a digestão enzimática para expor as células-tronco do tecido para a placa de cultura celular e possibilitar a expansão dessas células.

Após  o  processamento,  as  amostras  são  resfriadas  a  uma  temperatura  de  -196°C,  e armazenadas  em  vapor  de  nitrogênio,  que  garante  analogicamente,  que  os  materiais “adormeçam”  diminuindo  o  metabolismo  celular  e  resultando  no  não  envelhecimento  das células,   podendo   assim,   serem   utilizados   quando   necessário   no   futuro.

Sobre o prazo para uso, o médico comenta: “É um tema difícil, já que é complicado testar a viabilidade disso. Porém, o sangue de cordão mais antigo a ser utilizado em um humano, teve 12 anos de estocagem. Já sobre os testes in vitro, as pesquisas indicam que o mais antigo que surtiu efeito com a técnica ficou 23 anos na estocagem”. Quando for retirar o material, basta ter a solicitação médica para uso e a garantia que aquela condição que apresenta está dentro das normativas experimentais ou técnicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com cuidado novamente no momento do transporte, os materiais são levados para a sala cirúrgica onde ocorre o procedimento. O gasto com a coleta fica em torno de R$ 4 mil e anualmente há um investimento que varia de R$ 800 a mil.

Ao coletar as células-tronco do Sangue e Tecido do Cordão Umbilical, você tem um estoque familiar para a vida (Foto: Getty Images)

Por que fazer essa coleta?

O Dr. Nelson destaca três motivos principais para fazer a coleta. De acordo com ele, o fato do Brasil ser um país miscigenado é muito rico culturalmente, porém dificulta quando o assunto é encontrar alguém compatível para o transplante. Dessa forma, ter um banco para uso familiar pode ajudar muito nesta questão, assim como reduzir os riscos de efeitos colaterais após a cirurgia. Como segundo ponto, o médico aponta a redução no tempo de espera para o transplante, ao não ter que entrar na fila. Isso é ainda mais essencial quando a média de tempo de espera na fila supera a história natural da doença de sobrevivência. O terceiro e último apontamento dele é aproveitar o desenvolvimento da medicina com uso da terapia gênica. “Ou seja, ao invés de procurar alguém compatível para aquele ser humano, investir em terapia gênica, utilizando a própria célula-tronco para corrigir o erro”. 

Além disso, a literatura tem mostrado que uma célula-tronco de um bebê costuma ser mais segura, em termos de livre de doença quando comparada a de um adulto, que já sofreu diversas intempéries do ambiente, como a própria alimentação; e também apresenta maior potência de desenvolvimento no momento da terapia gênica. Mas para realizar essa coleta, armazenamento e cirurgia de forma realmente segura é fundamental procurar uma instituição de credibilidade, com acreditação internacional, como é o caso da Criogênesis, uma empresa de pesquisa e biotecnologia. A contratação do serviço pode ser feita por meio do 0807732166, pelo Whatsapp (11 5536-9246), ou site.


Palavras-chave
Bebê Comportamento Família Saúde Tecnologia Gestação células tronco cordão umbilical

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