Após rumores sobre uma possível punição para a skatista Rayssa Leal, o Comitê Olímpico Internacional (COI), se pronunciou sobre o que aconteceu. O comitê disse que espera que os atletas tenham manifestações políticas e religiosas fora do campo de disputa, mas que a atitude de Rayssa não seria penalizada, já que teria sido apenas um “mal entendido”.

As regras olímpicas proíbem qualquer manifestação religiosa ou política durante as provas ou no pódio, mas comparando este com casos anteriores, a skatista não deve sofrer nenhuma punição, o máximo que pode acontecer é uma carta de advertência do comitê internacional.
Antes de fazer a manobra que garantiu a vitória dela, Rayssa Leal novamente fez o gesto em libras “Jesus é o caminho, a verdade e a vida” ❤️✝️ pic.twitter.com/L9iFpsmTMW
— Pedro Henrique (@pedrohenriqx) July 28, 2024
“Não conheço o caso. Obviamente parece um genuíno mal-entendido. O que vou falar é que o COI está feliz de os atletas se expressarem em coletivas, em redes sociais e outros lugares. No campo de disputa, nós tentamos manter nos esportes”, disse Mark Adams, porta-voz do COI.

Essa não foi a primeira vez que um atleta se manifestou religiosamente, nos jogos do Rio-2016, Neymar usou uma bandeira que tinha escrito “100% Jesus” ao receber a medalha de ouro no pódio, e também não teve nenhuma punição.
Durante las olimpiadas de México, en 1968, Tommie Smith y John Carlos hicieron una reivindicación política haciendo el saludo de Black Power mientras recibían sus medallas. Además, Peter Norman, ganador de la plata, les apoyó sujetando la declaración de los derechos humanos. pic.twitter.com/ltfKYLUdRn
— Herb Powell (@BrotherofHomer) July 30, 2024
Nas Olimpíadas do México-1968, atletas norte-americanos fizeram um sinal do movimento “Black Power” no pódio e acabaram expulsos dos jogos. Porém, alguns anos antes, em 1936 houveram saudações nazistas no pódio que foram toleradas sem receber nenhum tipo de punição.