Publicado em 26/10/2021, às 06h54 - Atualizado às 14h31 por Bianca Apolinário
Novas gravações do dia da morte de Henry mostram o padrasto Dr. Jairinho fazendo respiração boca a boca no menino, e a mãe sem demonstrar nenhuma reação. A defesa de Jairinho diz que Henry chegou ao hospital vivo, contradizendo as acusações. “Esta filmagem revela que Henry foi levado com vida ao hospital, outras circunstâncias que constam dos laudos conduzem a esta conclusão, contrariando a versão acusatória”, afirmou ao G1 Braz Sant’anna, advogado de Jairinho.
“Ficou expressamente demonstrado pela equipe médica e pelos laudos periciais que, embora tenha sido submetido a manobras de ressuscitação por bastante tempo, em nenhum momento ele apresentou frequência cardíaca. Ele já chegou morto”, afirmou o delegado Henrique Damasceno, ao Tribunal do Júri.
O delegado continuou afirmando que a manobra que Jairinho realizou para tentar ressuscitar o menino não foi adequada, e que não deve ser feito com uma criança no colo e nem da maneira que foi realizado. A necropsia no corpo de Henry e a reconstituição no apartamento da família já tinham apontado que a criança sofreu 23 lesões, como uma laceração no fígado, e que Henry morreu vítima de ação violenta, descartando a hipótese de acidente, como alegam os advogados do ex-casal. Para conferir o vídeo clique aqui!
O padrasto deu um depoimento à polícia dizendo que não tinha prática em fazer massagem cardíaca, e que a última vez que realizou foi em um boneca na faculdade. Jairinho afirmou que dirigiu até o Barra D’Or, enquanto Monique, no banco de trás, “fazia uma manobra de respiração boca a boca, apesar de não saber realizar o procedimento”.
O vídeo será anexado a um documento paralelo elaborado pela defesa de Jairinho, que sustenta a tese de acidente doméstico e contesta a versão de que o menino tenha sido assassinado. “A mãe aparece absolutamente angustiada nas imagens. Nesse meio tempo, o Jairinho tenta fazer a respiração boca a boca. É a evidência que [Jairinho] não estava inerte”, afirma o legista e perito criminal Sami El Jundi, contratado pela defesa do ex-vereador para elaborar um relatório paralelo do caso.
O casal está preso desde o dia 8 de Abril, são réu pela morte do menino Henry e respondem no Tribunal do Júri. No dia 6, foi realizada a primeira audiência de instrução do caso no Tribunal do Júri. Entre as 12 testemunhas de acusação, falam Leniel Borel, pai de Henry, o delegado Henrique Damasceno e a babá Thayná de Oliveira.
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