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As fronteiras entre meninos e meninas

Imagem As fronteiras entre meninos e meninas

Publicado em 12/12/2012, às 22h00 por Redação Pais&Filhos


13/12/2012

Em 2012, vimos várias discussões sobre as diferenças entre os gêneros feminino e masculino que viraram foco de debate. Veja algumas dessas polêmicas que marcaram o ano:

1. O menino de sapato rosa

O menino Sam, 5 anos, resolveu ir ao primeiro dia de aula da pré-escola de sapatos rosa. A escolha inusitada foi registrada pela sua mãe, que postou uma foto do seu filho com o acessório nas redes sociais. Assim se deu início uma grande polêmica.

Logo, a imagem começou a receber diversas críticas de amigos e familiares, que não concordavam com a posição da mãe em deixá-lo usar o calçado. Um dos usuários da rede ganhou notoriedade ao replicar a foto e mostrar sua solidariedade à criança, afirmando que a escolha do garoto havia sido genuína, e considerou admirável sua habilidade de mostrar aos adultos que essa divisão de cores entre os gêneros não existe.

2. Salto alto para homens?

Em Tampa, Flórida, um estudante do Ensino Médio foi expulso da sala de aula por usar salto alto. Os professores e diretor da escola o mandaram parar de usar os sapatos, pois consideravam que chamavam muita atenção. Bob Heilmann, diretor, justifica: "Como diretor da escola, devo assumir o papel paternal e me assegurar que ele ficará bem”.

Heilmann disse ainda se tratar de uma medida necessária para precaver atos de bullying contra o garoto. "Toda vez que alguém quebra as regras ou quer fazer uma cena, deve estar preparado para as consequências".

O menino diz que somente usava os saltos por se sentir confiante e confortável neles, e afirma sentir-se orgulhoso de quem é.

3. Pai e filho com saias

Niels Pickert, morador de um vilarejo tradicional da Alemanha, deu um apoio nada convencional ao filho e surpreendeu a todos. Quando o garoto de 5 anos decidiu que gostava de se vestir com roupas femininas, o pai saiu usando saia com a criança pelas ruas da cidade.

"Sim, eu sou um daqueles pais que tentam criar seus filhos de maneira igual. Eu não sou um daqueles pais acadêmicos que divagam sobre a igualdade de gênero durante os seus estudos e, depois, assim que a criança está em casa, se volta para o seu papel convencional", afirma Pickert.

O alemão explica que tomou essa atitude, pois não podia abandonar o filho frente ao preconceito de outras pessoas. "É absurdo esperar que uma criança de cinco anos consiga se defender sozinha, sem um modelo para guiá-la. Então eu decidi ser esse modelo", finaliza.

4. O caso do homem que amamentou o filho

Trevor MacDonald, um transexual canadense, de 27 anos, tem provocado uma enorme polêmica. Nascido mulher, ele recorreu a métodos usados por pessoas que passaram por mastectomia e se tornou o primeiro pai a amamentar seu filho.

Mas sua atitude de amamentar o filho não foi bem aceita pela organização de apoio à amamentação La Leche League (LLL). O pai e a LLL discordam sobre a definição de cada um sobre maternidade. Trevor garante que, deste modo, está garantindo ao filho os nutrientes que só o leite materno possui. A PhD em paternidade Annie Urban opina: “Está na hora da LLL atualizar as suas regras e reconhecer que amamentação não é exclusividade materna, necessariamente”.

A experiência de Trevor MacDonald é relatada no blog: www.milkjunkies.net.

5. Pré-escola sueca bane gêneros de sexo

Em Estocolmo, na Suécia, os professores de uma pré-escola evitam usar os pronomes "ele" e "ela" e, em vez disso, seus alunos se chamam por "amigo". A biblioteca da escola está repleta de histórias sobre pais solteiros, crianças adotadas e casais homossexuais, mas os contos de fada clássicos, como "Cinderela" ou "Branca de Neve", com estereótipos masculinos e femininos, são quase inexistentes. Lá, meninos e meninas brincam com os mesmos brinquedos, e são todos tratados igualmente, sempre com carinho.

A Suécia é um país conhecido por sua mentalidade igualitária, ainda assim a escola Nicolaigarden talvez seja um dos maiores exemplos do esforço contínuo do país para apagar as divisões entre os gêneros. O modelo de educação é tão bem sucedido que, dois anos atrás, três professores da Nicolaigarden abriram outra escola nos mesmos moldes.

Críticas surgem frequentemente, e é questionado se as crianças não estão recebendo lavagem cerebral ainda na fase de desenvolvimento de personalidade. Para Carl-Johan Norrman, que trabalha na Nicolaigarden, essas críticas "partem da ideia equivocada de que queremos converter menininhos em menininhas".

O governo de Estocolmo é a favor da política de gênero. "O importante é que as crianças tenham as mesmas oportunidades, independentemente de seu sexo. É uma questão de liberdade.”


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