Publicado em 27/08/2024, às 13h17 por Malu Lopes, Estagiária | Filha de Carmem e Single
Pesquisadores da Universidade de Fukui, no Japão, podem ter identificado uma causa significativa para o autismo ao estabelecerem uma ligação entre o risco da condição e os níveis de ácidos graxos no sangue do cordão umbilical. O estudo analisou amostras de sangue de 200 crianças, focando nos ácidos graxos poli-insaturados (AGPI) e suas correlações com pontuações de autismo.
Os cientistas detectaram um composto específico nos ácidos graxos do sangue do cordão umbilical, denominado diHETrE, que parece ter "fortes implicações" na gravidade do transtorno do espectro autista (TEA). Níveis elevados de diHETrE foram associados a dificuldades em interações sociais, enquanto níveis mais baixos estavam relacionados a comportamentos repetitivos e restritivos. Essa correlação foi especialmente notável em meninas.
As amostras de sangue do cordão umbilical foram coletadas imediatamente após o nascimento e preservadas para análise posterior. Aos 6 anos de idade, as crianças foram avaliadas quanto aos sintomas de TEA com a colaboração das mães. Com base nesses dados, os pesquisadores sugerem que medir os níveis de diHETrE no nascimento pode ser uma uma alternativa para prever o risco de desenvolvimento do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Os pesquisadores propõem que bloquear o metabolismo do diHETrE durante a gravidez poderia ser uma estratégia promissora para reduzir a ocorrência de traços de TEA em crianças. No entanto, eles destacam que são necessários mais estudos para validar essa ideia. Os achados da pesquisa foram divulgados na revista científica "Psychiatry and Clinical Neurosciences".
O autismo, ou transtorno do espectro autista (TEA), é um grupo diversificado de condições que afetam o desenvolvimento cerebral. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 em cada 100 crianças são diagnosticadas com autismo. As necessidades e habilidades das pessoas autistas variam amplamente; algumas podem viver de forma independente, enquanto outras necessitam de cuidados e suporte contínuos ao longo da vida.
Apesar de todos os avanços nos últimos anos, ainda há muito o que precisa ser melhorado. É o que mostra um estudo brasileiro realizado pelo Instituto de Educação e Análise do Comportamento (IEAC), com mais de 600 participantes em todo o Brasil.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que há 70 milhões de autistas em todo o mundo, sendo 2 milhões de diagnosticados só no Brasil. Esse número, porém, poderá sofrer alterações com a inserção dos autistas no Censo do IBGE 2020, que vai trazer mais esclarecimentos sobre esses dados. A pesquisa do IEAC entrevistou pais e responsáveis de crianças e adolescentes autistas e mostrou que, mesmo com o crescimento de políticas e leis em prol da inclusão e defesa dos direitos, a maior parcela de pais otimistas (64%) acredita que ainda faltam melhorias. Enquanto isso, 31% dos participantes não veem qualquer progresso, tampouco estão otimistas com o futuro.
Para identificar uma criança apresentando sinais sugestivos de riscos de autismo é preciso ficar atenta a alterações no comportamento. Mas não é porque o seu filho ficou sem te olhar uma vez que ele pode ter algum distúrbio. É importante observá-lo e consultar seu pediatra para tirar dúvidas. Se a dúvida persistir, vale consultar uma segunda opinião. Quando o pediatra detecta algum sinal fora dos considerados de normalidade no desenvolvimento dos bebês ou das crianças, ele encaminhada a família a um médico especialista. O diagnóstico de autismo e de outros quadros do espectro é clínico. São feitas entrevistas com os responsáveis e análises e testes com a criança.
Para fazer o diagnóstico do autismo, a criança precisa apresentar sintomas em três áreas: dificuldade na comunicação e linguagem, na sociabilidade e no comportamento, por isso o diagnóstico é tão difícil. “Três linhas de sintomas são importantes para se observar no quadro. Primeiro, o atraso no desenvolvimento da comunicação e linguagem. Em seguida, podemos observar um padrão específico de comportamento que se caracteriza por ser repetitivo, peculiar e restrito, envolvendo desde o manejo do ambiente e situações até objetos. Por último e mais importante, o prejuízo no manejo de situações sociais e no contato com o outro”, reforça o psiquiatra da infância e adolescência, Caio Abujadi, filho de João Moysés e Evanir.
De acordo com a psiquiatra infanto-juvenil Jaqueline Bifano, o momento pode ser complicado para o tratamento de crianças com TEA, por isso, é superimportante o trabalho de uma equipe multidisciplinar e do acompanhante terapêutico. “Quando diagnosticado o transtorno, o(a) psiquiatra encaminha a criança para o tratamento multidisciplinar, com fonoaudiologia, terapeuta ocupacional e psicologia comportamental. Em conjunto, eles irão aplicar técnicas do tratamento convencional, Denver ou ABA”.
Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais cedo também serão os processos de intervenção. Esse foi o caso de Theo, filho de Andréa Werner, autora do blog Lagarta Vira Pupa. “Theo foi um bebê totalmente normal, risonho e interativo até um aninho. Tenho vídeos dele fazendo imitações (de tosse, piscando), batendo palmas, falando “mamã” e “papá”. A partir do primeiro ano, começou a ficar mais sério, introspectivo. Não olhava quando chamávamos. Parecia surdo. Também não se interessava por outras crianças e desenvolveu uma estranha fixação por rodinhas”.
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