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Alta de casos de covid-19 nas escolas causa suspensão de aulas e volta das máscaras: como proteger seu filho

Divulgação

Publicado em 06/06/2022, às 16h07 - Atualizado em 07/06/2022, às 07h13 por Carolina Ildefonso


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A pandemia nos ensinou muitas coisas e o uso das máscaras foi uma delas. No começo foi estranho, difícil de acostumar. Com o tempo, aprendemos a manusear, a lavar, a guardar, combinar com o look, a melhor forma de descartar e em alguns casos até confeccionar. Algumas crianças nem lembram mais do mundo sem ela. No auge da contaminação tivemos a impressão de que as máscaras nunca mais nos deixariam, mas aos poucos, com o avanço da vacinação pudemos flexibilizar, em alguns casos até optar não usar.

Máscaras: uma das medidas de proteção mais eficazes contra o disseminação da covid-19 (Foto: Divulgação)

Mas até quando? A pandemia, de fato, não acabou. Estamos vivendo uma quarta onda da covid-19 e as transmissões continuam crescendo, inclusive nas escolas. Neste domingo, a média móvel de infecções pelo Sars-CoV-2 teve um aumento de 103% em comparação ao dado de duas semanas atrás.

A nova onda da covid-19 nas escolas

Esse aumento está a cada dia mais visível no nosso dia a dia. Segundo um levantamento feito pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo – APEOESP, desde o dia 11 de maio foram notificados 900 casos nas escolas estaduais, entre alunos e educadores.

Na rede municipal de São Paulo, ao menos duas escolas tiveram aulas suspensas pela alta de casos de covid, nos últimos dias. A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que as unidades, em questão, continuarão abertas para atendimento ao público e as aulas permanecerão de forma remota.

Escolas particulares também estão tomando medidas de proteção. O Colégio Humboldt, na zona sul da capital paulista, está com quatro turmas suspensas por casos de covid-19. A diretoria esclareceu que com três testes positivos em uma sala, as aulas passam a ser online. No Colégio Franciscano Pio XII, também na zona sul, o protocolo é diferente: a aula remota é ativada quando cinco alunos estão positivados. No mês passado, o colégio teve 69 alunos afastados e uma turma que ficou sete dias com aulas remotas.

No Distrito Federal, a secretaria de estado de saúde informou que no mês de maio foram 223 casos registrados, sendo 95 professores e 64 estudantes. Em Palmas, capital de Tocantins, alunos da Escola Estadual Maria dos Reis, no Taquari, foram dispensados , na última sexta-feira, após vários casos de Covid-19 serem registrados na unidade. O prédio vai passar por sanitização e dedetização e as atividades vão retornar apenas na próxima quarta-feira. Esta é a terceira escola a suspender as aulas após casos da doença em pouco menos de um mês.

Como se proteger?

Meu filho, minhas regras! Desde que a proteção deixou de ser obrigatória, cada família e cada instituição de ensinou criaram seus próprios regulamentos. Algumas cidades paulistas, como São Paulo, Diadema e Serra Negra, optaram pela recomendação do item em locais fechados, outras, como Londrina, no Paraná, já voltaram com o uso obrigatório nas escolas.

Escolas voltam a recomendar o uso de máscaras após aumento de casos de covid-19 (Foto: Getty Images)

Segundo o pediatra e presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri, pai de Mariana e Luciana, estamos em um período de alta transmissão e o uso de máscara nas escolas deve ser retomado não só pelos alunos, mas também pelos educadores: “Já aprendemos que ambientes fechados e com muitas pessoas juntas são propensos à contaminação e nesses casos é importante reforçar as medidas de proteção”.

A enfermeira Elisangêla Barbosa, mãe de Clara, de sete anos, mora em São Paulo e conta que avalia cada situação. Ela disse que a sala da filha teve aulas presenciais suspensas depois que a professora testou positivo. “Andamos sempre com a máscara na bolsa, quando estamos em um ambiente muito cheio optamos por colocar a proteção, mas na escola a nossa orientação é para que ela use a máscara sempre, para garantir a nossa proteção e dos amiguinhos”.

É também o que faz a advogada Érica Leme, mãe da Cecília, de quatro anos de idade, que estuda em uma escola infantil particular da capital paulista. “Aqui em casa nós seguimos orientando que ela utilize máscara na escola e em locais fechados. Ela ainda não completou cinco anos e por isso ainda não está vacinada, além de ter problemas respiratórios (asma), o que nos deixa ainda mais apreensivos”.

De olho na carteirinha

Dados do consórcio de veículos da imprensa apontam que somente 35% das crianças de 5 a 11 estão vacinadas com duas doses. Com ao menos uma aplicação, são 62%. Mas é importante lembrar que os menores de cinco anos ainda não foram vacinados. Falamos aqui na  Pais&Filhos, na semana passada, sobre as vacinas em andamento para as crianças e seguimos ansiosos pela aprovação.

O infectologista Marcelo Otsuka, pai de Marcelo, Murilo, Henrique e Mariana, ressalta a importância da vacinação. “A imunização contra o coronavírus é fundamental, mas é essencial que a carteira de vacinação das crianças esteja em dia.” Ele explica ainda que nessa época do ano temos diversos vírus respiratórios em circulação e quanto maior a cobertura vacinal de toda a população melhor também o controle das doenças.

A cobertura vacinal no Brasil vem despencando nos últimos dez anos (Foto: DS Store)

Mas os outros cuidados também devem continuar. O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo, Benjamin Ribeiro da Silva, pai de Daniela, Roberta, Renato, Danilo, Emília e Mariana, conta que as escolas particulares paulistas continuam seguindo os protocolos sanitários e orientando os alunos para a higienização constante das mãos. Já o uso de máscaras tem sido recomendado nos ambientes fechados da escola e obrigatório no transporte escolar. Dr. Otsuka relembra outra medida importante: “Ao identificar qualquer sintoma de ou covid-19 os responsáveis devem comunicar a escola e deixar a criança em casa”.

Nesse último ano, vimos o quanto o fechamento das escolas pode prejudicar o desenvolvimento das crianças, em especial para as famílias de baixa renda. Logo, retomar essas medidas e estar em dia com a vacinação mostra que conseguimos tirar de tudo isso algum aprendizado.


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