Publicado em 28/08/2015, às 16h30 - Atualizado em 25/03/2016, às 10h36 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice
Muita gente, quando ouve falar de acupuntura, pensa naquelas cenas de filme, com agulhas enormes, e não associa à crianças. Porém, essa técnica da medicina oriental pode ser feita nos mais novos tanto para tratamento quanto para prevenção de doenças. Talvez você nunca tenha ouvido falar desta prática em crianças, mas além de clínicas particulares, existem serviços gratuitos, como o do ambulatório do Hospital São Paulo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS).
“Nossa medicina ocidental tem uma visão de tratamento, mas a acupuntura é preventiva, para não deixar a criança adoecer. Pode ser tratamento ou até acompanhamento de uma criança que não está adoecida, geralmente no consultório”, explica a pediatra acupunturista Márcia Yamamura, mãe de Yohan. É importante ressaltar que nem só as crianças mais velhas podem fazer acupuntura no ambulatório de pediatria. São atendidos desde recém-nascidos (sim!) até adolescentes.
Leia também
É claro que o tratamento para cada idade é diferente e tem limitações. Os recém-nascidos não têm consciência de que não podem se mexer, então, geralmente, eles ficam no colo da mãe e há pontos restritos para eles. Tudo é feito com muito cuidado para garantir a segurança do tratamento.
O encaminhamento vem de outras especialidades médicas, como neurologia, ortopedia, psiquiatria, endocrinologia, oncologia ou até mesmo do pronto atendimento. Este último é mais indicado para os casos de dor aguda. Depois, a criança pode continuar com o tratamento ambulatorial, se necessário. Além disso, este tipo de tratamento busca entender de onde vem as enfermidades: “Se uma criança tem dor nas costas, dor de cabeça ou hiperatividade, por exemplo, nós tentamos entender de onde isso para, para tratar a origem do problema”, ressalta a Dra. Márcia.
Como é feito o tratamento
O atendimento pediátrico difere um pouco do tratamento dos adultos. A técnica de acupuntura em si é a inserção de agulhas, mas há outras medidas complementares utilizadas, como a ariculoterapia, um tratamento feito através da colocação de sementes de plantas em diversos pontos da orelha.
Como não se pode aplicar muitas agulhas nas crianças, as mesmas sementinhas acabam sendo usadas em pontos de acupuntura pelo corpo. O uso de laser também é um complemento, mas tem eficácia reduzida, em torno de 30%. Márcia explica que se uma criança já está doente, as agulhas são mais eficazes, mas as agulhas são colocadas quando necessário.
Há ainda a moxabustão, em que os médicos aquecem os pontos de acupuntutura com um bastão, e a massagem terapêutica. O tratamento, a indicação e a duração dependem da faixa etária da criança e da enfermidade ou condição de saúde a ser tratada. Antes de começar, é considerado o histórico geral de saúde, tanto do paciente quanto da família. “Esse modelo se perdeu no adulto, mas tentamos manter nas crianças. O pediatra procura ver a criança como um todo”, diz a médica. O processo é bem gradativo. A última parte, depois de estabelecer um vínculo com a criança, é a inserção de agulhas.
Medo de agulhas
Conquistar a confiança é o primeiro passo. A Dra. Marcia explica que, em geral, as crianças que em medo de agulhas associam a agulha de injeção e exames com as de acupuntura, que são bem diferentes. “A gente tem que explicar, porque ter medo de agulhas também é uma questão cultural. Com crianças, a melhor abordagem é a sinceridade, explicando de acordo com a faixa etária. Nunca se deve tentar forçar”. As agulhas são descartáveis e tem tamanho apropriado de acordo com o tamanho do paciente.
Quais são os benefícios?
Segundo a Dra. Márcia, para entender os benefícios comparados à medicina tradicional, é preciso considerar três níveis de adoecimento:
Nível degenerativo – É quando a estrutura do órgão já está alterada, por exemplo no caso de câncer. A acupuntura age como coadjuvante no tratamento e tem uma eficácia em torno de 30% para tratar os efeitos colaterais.
Nível inflamatório – Quando os exames laboratoriais estão alterados, mas a estrutura do órgão não, como o hipertireoidismo ou uma inflamação no corpo. A eficácia varia de 70 a 80%, dependendo da gravidade da doença.
Nível energético – O exame laboratorial está normal, mas existe o sintoma, como cefaleia e enxaqueca . Neste caso, há 100% de eficácia.
Para a família toda
Na correria do dia a dia, o estilo de vida é estressante, a alimentação é desbalanceada e a saúde pode acabar ficando em segundo plano, mas todo mundo deveria promover a própria saúde. “Eu falo que a gente tem mais de um paciente: a criança e a mãe ou o pai, pois o tratamento é muito mais eficaz quando mobiliza toda a família”, explica a Dra. Marcia.
Consultoria: Dra. Márcia Yamamura, mãe de Yohan, , membro do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA), Colégio Médico de Acupuntura do Estado de São Paulo (CMAESP), professora e chef do ambulatório de acupuntura e pediatria da Unifesp.
Criança
Dia da Mochila Maluca: 10 ideias divertidas e criativas para a Semana da Criança
Criança
Dia do Cabelo Maluco: 12 ideias fáceis para fazer na Semana da Criança
Notícias
Luciana Gimenez fala sobre gravidez de terceiro filho aos 54 anos: "Sonhos e desejos"
Família
Dia do Cabelo Maluco: 10 ideias diferentes para inovar no penteado do seu filho
Criança
40 brincadeiras e atividades para o Dia das Crianças
Criança
Dia da Mochila Maluca: 8 ideias super diferentes para o seu filho arrasar na escola!
Notícias
Atriz de Floribella fala pela 1ª vez após morte do filho de 6 anos em incêndio
Top dos Tops
Ofertas do dia: Galaxy S23 Ultra da Samsung com descontos de até 53%