Publicado em 26/11/2015, às 16h14 - Atualizado em 12/11/2020, às 12h52 por Redação Pais&Filhos
Desenvolvida pela Officina Sophia, a Pesquisa Voz das Crianças foi realizada com 1000 crianças brasileiras de 7 a 12 anos e mostrou a relação de meninos e meninas com vários fatores, como família, escola, política e dinheiro. Neste último tópico, foram analisadas informações sobre utilidade, orientação financeira, mesada e destinos da quantia que recebem.
76% das crianças afirmaram que dinheiro é importante, mas tem outras coisas mais importantes na vida. Mas um dado chamou nossa atenção: 14% dos entrevistados, ou 1 em cada 7, afirmaram: “Dinheiro pra mim é tudo, é uma das coisas mais importantes da vida”. E apenas 10% disseram que este assunto não era importante para eles. Ou seja, as crianças estão, desde pequenas, aprendendo a dar um valor exagerado ao dinheiro, não como um recurso para comprar coisas importantes.
Quanto à orientação financeira, 69% das crianças disseram que recebem aconselhamentos dos pais, enquanto 19% afirmaram que não recebem orientação de ninguém. 5% conversam sobre o assunto com os avós e 7% marcaram a opção “outros”. A falta de orientação na infância muitas vezes é responsável por aquela criança não saber gastar bem o dinheiro que tem depois de adulta.
No total da pesquisa, 89% dos entrevistados contaram que recebem quantias dos pais ou responsáveis com alguma frequência (47% sem data certa, 14% todos os dias e 11% uma vez por mês).
No cofrinho
O que fazem com o valor que recebem? O estudo apontou que 37% das crianças gastam tudo, 23% poupam uma parte e 18% conseguem economizar tudo (precisamos aprender com eles!). Dos que guardam, 68% utilizam um cofrinho em casa, 29% entregam aos pais para pouparem e apenas 3% colocam na poupança, no banco (apesar de 11% dos participantes terem conta poupança). Aliás, a conta poupança é uma boa opção para começar a garantir o futuro do seu filho, seja com dinheiro economizado da mesada ou com o que você deposita por conta própria.
Mas o que será que faz as crianças gastarem tanto? A pesquisa também respondeu essa pergunta. Comida representa 22% dos gastos das crianças (deste total, 52% compram lanches). Roupas e calçados ocupam a primeira posição, com 26%, e games, logo em seguida, somam 18%. Dos entrevistados que poupam o dinheiro, 31% pretendem comprar coisas para eles mesmos, 20% economizam para escola/estudos e 15% já planejam viajar com o montante que acumularem. Mesmo gastando muito, as crianças já estão pensando no futuro!
Quando o assunto foi a utilidade do dinheiro, 92% dos participantes afirmaram que sabiam qual era: 74% disseram que ele serve para ajudar a família, 54% para adquirir as roupas que querem e 45% para comprar comidas e doces. Mais de uma opção podia ser escolhida. Eles também foram questionados sobre o futuro: 52% contaram que pretendem ganhar dinheiro tendo a própria empresa, 46% querem trabalhar para uma empresa e 2% assinalaram a resposta “Quero que alguém me sustente, não quero trabalhar”.
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