Publicado em 01/12/2023, às 16h20 por Redação Pais&Filhos
O 16° Seminário Internacional Pais&Filhos está acontecendo nesta sexta-feira, 1 de dezembro, diretamente da Unibes Cultural, em São Paulo. A terceira palestra do dia foi feita por Marcos Piangers, que já é um "clássico" no nosso evento. Ele participou de diversas edições anteriores, e retornou ao palco para falar sobre instinto paterno.
Pai de Anita e Aurora, Piangers é autor do livro que foi adaptado ao cinema "Papai é Pop" e colunista da Pais&Filhos com a esposa, Ana Cardoso. No último Seminário, o jornalista falou sobre paternidade afetiva e o seu papel como homem na criação de suas filhas.
Piangers iniciou a conversa apresentando a visão científica sobre instinto. "Biologicamente, a gente sabe que todo mamífero fêmea tem instinto materno. 95% dos mamíferos, é a mãe que cuida sozinha do filhote. E em 5% dos casos, nos quais estamos incluídos, existe a chance do pai participar também. E essa diferença é muito bonita", disse. "Então sim, eu acho que mães têm instinto materno. E acho também que pais têm instinto paterno", completou mais adiante.
O palestrante apresentou um vídeo divertido com vários momentos de conexão entre pais e filhos e dividiu sua história pessoal de paternidade. “Quando a minha esposa engravidou pela segunda vez, o primeiro exame foi inconclusivo. Ela dizia que não estava grávida, mas eu sabia que era a Aurora”, disse ele, referindo-se à chegada da sua filha mais nova. Piangers dividiu ainda a informação de que ele próprio é filho de uma mãe solo, criado sem a presença de um pai.
"O que sabemos é que, biologicamente, o homem faz um esforço maior para estar envolvido na criação do filho". O palestrante cita então estudos científicos que apontam que a área do cuidado no cérebro feminino é mais facilmente ativada, o que não exclui o fato de que o cérebro masculino possui as mesmas habilidades. “O homem também tem transformação hormonal se ele estiver juntinho da esposa durante a gestação”, aponta. “E é lindo e maravilhoso quando isso acontece”.
O comunicador reitera: “O seu esforço de racionalização vem depois que o seu corpo já sabe de tudo”, disse. "As vezes toda a lógica diz uma coisa, mas o seu corpo diz outra. Toda vez que a gente diz não para o que o nosso corpo está falando, a gente fica doente. Nesse balaio, a gente pode interpretar o que é a intuição”.
Trazendo ao campo prático, a defesa da importância do pai na criação e na saúde da criança e da mãe é um dos argumentos utilizados por Piangers na defesa política de uma licença-paternidade estendida, cuja curta duração é apontada pelo palestrante como um enorme agravante para o distanciamento parental. “A licença-paternidade no Brasil, de 5 dias corridos, é menor do que o carnaval. E qual a mensagem que se passa com isso? Qual a prioridade nesse caso?”, questiona.
Piangers integra a articulação política CoPai, de pessoas, empresas e coletivos que buscam a licença-paternidade estendida. “A gente tem passado os últimos meses discutindo e articulando maneiras de ampliar essa lei pelo direito da criança de ter uma mãe, mas também de ter um pai. E pelo direito do pai de cultivar o vínculo afetivo com seus filhos”.
Ele citou o seu encontro com o ex-deputado e ex-ministro da Saúde Alcenir Guerra, propositor da licença-paternidade em 1988 que propôs a licença-paternidade em 1988. Na época, o parlamentar sofreu ataques e tornou-se chacota, Alcenir Guerra era conhecido como “o deputado grávido” e sua proposta considerada irrelevante. "Logo depois, a licença foi aprovada por unanidade".
O comunicador ainda apresentou dados que relacionam o aumento do tempo de licença-paternidade com uma maior igualdade de gênero, entre outros importantes aspectos para a família. "Um pai presente importa para a esposa, importa para a criança e importa para que ele mesmo seja um ser humano melhor", finalizou.
Diante de tantas pressões da sociedade e rotina para você ser a mãe perfeita, cobrança por parto normal, amamentação em livre demanda, criação sem telas, comunicação não violenta, alimentação orgânica, exclusão de chupeta e mamadeira… Ufa! É quase impossível atingir todas as expectativas que descarregam em nós, o que leva a sobrecarga, insegurança e um sentimento de confusão.
Estamos encarando uma geração de supermães que carregam o peso de expectativas e cobranças diferentes das nossas mães e avós. Mulheres que estão desconectadas da própria intuição com medo de não ser a mãe perfeita. Mulheres que são elogiadas por todos enquanto cumprem uma expectativa irreal de maternidade, mas que se sentem mais sozinhas do que nunca.
Mas a maior verdade no meio de tanta informação e julgamento é que ninguém no mundo conhece seu filho melhor do que você. Não tenha medo de confiar no que você acha que é melhor para a sua vida e para o seu filho. E se der medo, vai com medo mesmo. Afinal, você sabe da sua realidade. Por esses e tantos outros motivos, reforçamos no 16º Seminário: vai na tua. Confie!
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