Criança

Professora é demitida após sugerir palha de aço para representar cabelo crespo em atividade escolar

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Publicado em 25/11/2021, às 13h55 por Redação Pais&Filhos


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Após ser demitida de escola, professora que orientou alunos a usarem palha de aço como cabelo de homem negro em atividade, pediu desculpas e afirmou que não teve e intenção de ofender ninguém. O caso aconteceu em Belo Horizonte, e em entrevista para a TV Globo, a professora deu mais detalhes sobre o ocorrido.

A mulher conta que enviou um texto para as famílias dos alunos, contando sobre empresas que auxiliam os funcionários negros a alisarem os cabelos, pretendendo fazer uma reflexão sobre o racismo. O caso aconteceu durante a semana da Consciência Negra, e a professora ainda comenta que: “Dou aula há mais de 20 anos, e achei um texto bacana sobre a consciência negra. Fiz com a intenção de a família ler esse texto para exaltar os negros”, conta.

Em mais detalhes, a mulher ainda falou sobre a decisão de utilizar a palha de aço. “Afrodescendente tem que valorizar, sim, o cabelo crespo. Pedi que a mãe refletisse e, em cima disso, eu ia trabalhar uma textura usando o bombril. A minha intenção foi quebrar o preconceito”, comenta.

A atividade foi proposta para o Dia da Consciência Negra, e após os pais demonstrarem indignação e revolta, a professora foi demitida. O município também se pronunciou, afirmando o repúdio sobre qualquer ação discriminatória.

A educação é o caminho para a transformação social (Foto: Getty Images)

“Para criar crianças livres de racismo teríamos que ter adultos livres de racismo”. É com essa reflexão que a psicóloga Ellen Moraes Senra, mãe de Rafael, embasa todo o seu discurso. No dia da Consciência Negra, a Pais&Filhos entrevista duas especialistas que vivenciaram o preconceito na pele para te ajudar a refletir sobre as suas atitudes e colaborar para que seu filho cresça respeitando as diferenças. 

As crianças vêm ao mundo como um livro em branco e têm os pais como principais exemplos. Por isso, é fundamental que você ensine essa questão. Nesse sentido, não basta falar, é preciso fazer. “A partir do momento em que a criança vê você fazendo diferença (de cor ou qualquer outro aspecto) entre as pessoas, ela irá reproduzir isso, mesmo que seu discurso seja contrário”, afirma a professora Daniela Generoso. Coerência, mãe de Pedro e Daniel, é tudo na educação das crianças. Para saber mais sobre o tema, leia nossa matéria sobre: Ninguém nasce preconceituoso: como criar crianças livre do racismo desde cedo.  


Palavras-chave
Escola racismo professora representatividade negra Dia da Consciência Negra

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