Criança

Perdidos e não achados

Imagem Perdidos e não achados

Publicado em 04/02/2012, às 12h00 por Redação Pais&Filhos


Por Jéssika Morandi, filha de Érika e Alexandre

O ano letivo começa e é aquela trabalheira para comprar todo o material dos pequenos. Quando os pais acham que vão respirar um pouco, vem a maratona de colar as etiquetas em tudo. A maioria das escolas orienta que seja feito esse trabalho de identificação em cada objeto pessoal do aluno, de lápis e borracha até blusa e escova de dente. Mas etiquetar não significa não perder e muitos são os itens esquecidos nos “achados e perdidos” das escolas. Saiba o que as instituições fazem nessa hora e como evitar que isso aconteça.
Tentando achar o dono
As grandes aliadas dos colégios na hora de tentar devolver os materiais aos donos são as auxiliares: de limpeza, de classe, de corredor. Elas recolhem o que ficou esquecido e depositam em locais próprios para isso, que geralmente já são conhecidos pelos alunos. Assim, se a criança perdeu, deve procurar nesse local e terá grandes chances de achá-lo. Mas nem sempre é fácil assim.
Quando a saga das monitoras para encontrar os donos dos pertences perdidos não dá resultado, eles são encaminhados para caixas que geralmente estão instaladas nas próprias salas de aula, sala da coordenadora ou das auxiliares. Após algum tempo ali esquecido – que pode variar de um dia até um mês -, os itens são encaminhados definitivamente ao “achados e perdidos” do colégio, quando já não vão diretamente para lá.
A luta por achar os alunos esquecidos continua. É comum que no início de cada bimestre e/ou no final do ano as escolas realizem uma mesa de exposição com todos os itens perdidos até aquela data. Se isso, ainda assim, não for o suficiente para encontrar o dono, após passado um ano de esquecimento, o objeto será doado pelo colégio a alguma instituição de caridade. Algumas escolas aproveitam a época do Natal para fazer a doação e até separam os pertences esquecidos por tipo: higiene, roupas, material escolar. A intenção é evitar a acumulação.
Conscientizando
Junto com outras propostas de sustentabilidade, durante todo o ano, várias escolas costumam trabalhar a idéia de responsabilidade com o material que pertence a cada um. O colégio Santa Maria, em São Paulo, tem uma política consolidada nesse sentido. Os alunos do 5º ano desenvolvem um projeto chamado “Achados e Perdidos”, que consiste em fazer um levantamento dos itens esquecidos durante todo o primeiro semestre letivo e usar essas informações para conscientizar os alunos ao longo do ano, comparando resultados no segundo semestre. Utilizando noções de matemática e outras disciplinas, os estudantes calculam os preços médios de cada item perdido e constroem gráficos na tentativa de mostrar o quanto foi desperdiçado ali. Segue-se uma divulgação nas outras classes, nos murais da escola e no blog que a série tem hospedado no site do colégio.
Para evitar
Em algumas escolas, as professoras têm reservas de etiquetas em branco para colar nas peças que apareçam sem identificação, em especial no dia instituído para levar brinquedos. Mas isso às vezes também não é suficiente.
Os alunos menores costumam esquecer seus pertences facilmente, em geral, porque ainda não desenvolveram esse tipo de responsabilidade e/ou porque estão distraídos. E como são eles os que mais têm objetos pessoais, é bom os pais redobrarem a atenção. Sempre confira o que seu pequeno está levando à escola e o que voltou de lá, pois muitas vezes as crianças nem percebem a falta do objeto. “Como muitos pais não têm disponibilidade de vir até a escola resgatar esses itens, eles passam o recado para as professoras através da agenda do aluno. Geralmente, é a mãe que dá falta do objeto perdido”, diz Maria Edna Scorcia, diretora pedagógica do colégio Joana D’Arc, em São Paulo.
A maioria dos colégios tem a política de tentar devolver aos alunos o que foi perdido, mas raramente notificam os pais sobre essas perdas. Fique atento se seu pequeno anda muito esquecido – vale questionar o colégio para descobrir – e não deixe de etiquetar todos os objetos pessoais dele antes de levar à escola. Quando perder algo, é importante notificar o colégio e voltar para buscar o mais rápido possível. Lembre-se que diariamente chegam mais materiais perdidos e que a escola não guardará tudo para sempre. Mostre ao seu filho o trabalho que está tendo para recuperar o item perdido, visto que ele não ganhará um novo. E se perder algo e não mais o achar, tente frequentar as exposições de “achados e perdidos” que as escolas costumam realizar em algum momento do ano. Informe-se sobre elas, pois, depois desse período, será difícil reaver o objeto.
E mesmo tomando todas essas providências, é praticamente impossível evitar perder uma coisa ou outra, como exemplifica nossa leitora Mirian Pires no Facebook: “Meu filho esqueceu a lancheira na escola, fiquei uma semana tentando achá-la nos achados e perdidos do colégio… E quando achamos ela estava na sala da informática com o lanchinho todo estragado, muito bem escondidinha. Ele sempre perde borracha e lápis, todo dia é um novo”.
Etiquetando tudo
Papelarias, supermercados e lojas variadas vendem as famosas etiquetas escolares. É só comprar de alguns tamanhos diferentes – dependendo do item a ser identificado –, preencher com o nome completo e série do seu pequeno e colá-las nas peças. Para os pais que também querem etiquetar roupas e calçados, existem adesivos especiais. A Kid Factory é uma dessas marcas que fabrica etiquetas personalizadas para todos os tipos de materiais, inclusive para calçados e vestuário. Suas etiquetas são à prova d’água e do calor e são encomendadas através do site.
Consultoria: Maria Lúcia Sanches Callegari, mãe de Bianca e Bruna, é orientadora pedagógica do 5º ano do Colégio Santa Maria; Fabiana de Almeida, mãe de Rafael, Matheus e Carolina, é coordenadora do berçário e educação infantil da Unidade Horto do Colégio Dom Bosco; Maria Edna Scorcia, mãe de Rafael e Thiago, é diretora pedagógica do Colégio Joana D‘Arc.

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