Publicado em 26/08/2014, às 09h02 - Atualizado em 13/10/2020, às 15h55 por Redação Pais&Filhos
Sabe aquela frase que todo mundo repete “depois que você tiver um filho, nunca mais vai dormir direito”? Pois é, pode ser verdade de formas diversas ao longo da vida. Quando o bebê nasce, demora para ele entender o que é dia e o que é noite, entrar no ritmo da casa e ficar satisfeito por mais de três horas. Depois que cresce, descobre que do quarto dele até o seu é só um pulo – e vira e mexe vai lá se enfiar no meio da cama. A criança tem medos e se sente mais segura perto dos pais, que, por seu lado, ficam cheios de pena, culpa, sono e vontade de resolver logo.
Cada família vai se virar de um jeito – como dá. Seja assumindo que dorme junto com as crianças mesmo, seja levando-as de volta noite após noite. Há prós e contras de ambas as estratégias – veja como funciona melhor na sua casa.
Recém-nascido vive em um acorda e dorme… Quando ele acorda, chora e, em um instante, a mãe também desperta. Para facilitar o sono entrecortado na madrugada afora, é comum a opção de deixar o bebê ao lado da cama dos pais, em um berço, carrinho ou moisés, até que se faça a transição para o quarto dele. “A mãe fica esgotada nos primeiros dias, e ter o bebê por perto facilita as mamadas noturnas”, justifica a psicoterapeuta Fernanda de Camargo Vianna, mãe de Sophia. A transição para o quarto do bebê pode ser feita com calma, quando ele já dorme períodos maiores, o que acontece em geral antes dos 6 meses.
Alguns pais escolhem colocar o recém-nascido dormindo na mesma cama que eles. Segundo a Associação Americana de Pediatria, contudo, o hábito traz consigo risco de sufocamento. “O risco é maior em bebês menores de 6 meses”, diz o pediatra Francisco Lembo Neto, pai de Gabriel, Bruno, Victor e Danilo.
“Quando o Bruno nasceu, eu e meu marido optamos por deixá-lo dormir à noite no carrinho ao lado da minha cama. Achamos que ali ele ficaria mais confortável e ao mesmo tempo próximo da gente. Fizemos assim até ele ter quase 2 meses. O processo de transição para ele dormir no quartinho foi feito aos poucos. Hoje não temos o hábito de deixá-lo dormir com a gente na cama.” – Ana Baula Balog, publicitária, mãe de Bruno
Depois de passada essa idade, a preocupação é com a respiração dos pais sobre o bebê. “Exalar o ar perto do filho durante a noite toda facilita a transmissão de doenças respiratórias”, explica. Pais fumantes? Alerta vermelho, principalmente se as crianças tiverem bronquite ou asma.
No fundo, muita coisa é questão de bom senso. Faz parte da função do pai e da mãe ponderar o quanto ter o filho por perto – até compartilhando a cama – é bom para ele e para os pais, e o momento certo de fazer a separação. “Temos que escapar do certo e errado e pensar na postura e na opção dos pais perante a situação”, diz a psicoterapeuta Fernanda Vianna.
Em algumas famílias, dormir com o filho é a melhor opção e todo mundo vive bem assim. “Eu trazia a Maria Eduarda para a minha cama. É mais prático e eu sentia que ela ficava mais segura”, conta a mãe, a secretária Fernanda Mônico. Caso a opção seja dormir todo mundo junto mesmo, o pediatra Franciso sugere que a cama seja maior e o quarto, arejado, para que o ar circule bem.
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