Publicado em 20/07/2017, às 07h09 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice
Antes de ficar sem fazer nada, também é importante desconectar. As férias de julho trazem mais tempo livre, mas esse tempo não pode ser usado na frente da televisão, do tablet ou do smartphone. É hora de brincar!
A tecnologia está aí e ter contato com ela é inevitável, mas é preciso impor limites. Para Dora Sampaio Góes, psicóloga do Instituto de Dependência da Internet do Hospital das Clínicas de São Paulo e filha de Dora e Lourenço, a brincadeira sem tecnologia é mais rica, desenvolvendo as habilidades psicomotoras e cognitivas. “A criança precisa de atividades mais lúdicas. Ela terá a vida inteira para lidar com tecnologia, não precisa ser agora”, diz.
Patrícia Marinho, também do Tempojunto e mãe de Carolina e Gabriela, acredita no equilíbrio. Não se pode deixar que ela tome conta da vida das crianças. Quando o uso da tecnologia assume o papel de companhia da criança, aí sim podemos ter problemas. “As crianças podem e devem interagir com a tecnologia, desde que orientadas e com limites. Existem conteúdos e aplicativos que são bem feitos e contribuem para o desenvolvimento das crianças. Mas a gente precisa saber escolher. O grande problema da tecnologia é o excesso e a acreditarmos com ela é a melhor forma de preencher o tempo vazio e o ócio das crianças”, considera Patrícia.
Por isso, é importante ficar atento ao tempo que seu filho passa na frente das telas. Confira a quantidade de tempo recomendada pela Academia Americana de Pediatria, de acordo com a idade:
0 a 2 anos: zero. É impossível fugir da tecnologia, mas é necessário tentar evitar ao máximo a exposição de bebês às telas. Nessa fase, eles precisam ter contato com sentimentos, toque, cuidado – contato com pessoas reais.
2 a 5 anos: uma hora por dia, com conteúdo de qualidade, apropriado para a idade e acompanhado dos pais. Aproveite para conversar com seu filho, comentando com ele o que estão assistindo.
Acima de 5 anos: os pais podem determinar a quantidade de tempo, mas deve ter um limite estabelecido. Continue monitorando o que eles assistem e bloqueie acesso à canais e sites impróprios para menores.
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