Criança

A arte do controle

Imagem A arte do controle

Publicado em 29/07/2011, às 23h47 por Redação Pais&Filhos


Cresce o número de crianças pequenas diagnosticadas com diabete. Mas, com o avanço da tecnologia, tem ficado mais fácil o controle da doença

Por Nivia de Souza, filha de Tânia e Renato.

Engana-se quem pensa que diabete é uma doença que atinge somente os adultos ou obesos. Cada vez mais, crianças vêm sendo diagnosticadas com esta doença crônica. Independente da idade, para se detectar e controlar a diabete, é preciso analisar o valor da glicemia no organismo. Aos poucos, o procedimento entra como parte da rotina pessoal. Uma picadinha no dedo, uma gota de sangue e pronto: já se pode saber como anda o nível de glicemia no organismo humano.    

A diabete do tipo 1 é a mais comum entre as crianças e, ultimamente, o número de diabéticos com menos de cinco anos tem crescido no mundo todo. Segundo Luís Eduardo Calliari, endocrinologista pediátrico e pai de Paula, não existem razões exatas para este aumento, mas acredita que algum fator ambiental esteja fazendo com que o organismo esteja reagindo diferente. Porém, devido ao crescimento da obesidade infantil e da má-alimentação, a diabete do tipo 2 já é encontrada em crianças.

Confira o cardápio ideal para quem tem diabetes gestacional

A principal diferença entre os dois tipos da doença é que a do tipo 1 faz com que a pessoa se torne dependente das doses diárias de insulina, o que não acontece no tipo 2. Ou seja, muitos pequenos estão crescendo e  aprendendo a conviver com o controle da diabete.

Avanço tecnológico, avanço no tratamento

O tratamento da diabete mudou no decorrer do tempo. As novas tecnologias proporcionam – além do maior controle da doença – mais conforto, maior privacidade, evitam problemas posteriores e melhoram, significativamente, a qualidade de vida dos diabéticos.    

Doce vilão: apesar de necessário, o açúcar pode trazer problemas para a sua saúde

Em geral, é preciso de duas a quatro injeções de insulina em um dia. “Quanto maior o número de doses, melhor controlada é a doença”, explica Calliari. Cada paciente necessita de doses diferentes e a evolução de cada um mostra o quanto de insulina será preciso. Assim que descoberta a diabete, o tratamento deve ser iniciado. “O paciente necessita de insulina de forma urgente”, afirma o endocrinologista.

Uma das maiores conquistas, segundo Calliari, foi o medidor de glicemia, pois ele permite a automonitorização glicêmica. “O paciente toma insulina, se alimenta, monitora e controla”, resume o médico.

Outro avanço importante é a bomba de insulina. Do tamanho de um celular e preso na cintura, o aparelho possui um cateter, que é inserido no subcutâneo da criança. Assim que o organismo precisar de insulina, é só apertar um botão. Desta forma, o número de picadas de agulha diminui consideravelmente, pois ainda é preciso furar o dedo para se saber a taxa glicêmica.  

Crianças diabéticas

Qualquer criança com o nível de glicose acima de 200, associada aos principais sintomas da doença – muita sede, perda de peso e alta frequência ao banheiro – é diagnosticada com diabete. Ela não impede que a criança faça suas atividades normais. Ela pode brincar, rir, se divertir, ir à escola, passear. Ou seja, tudo aquilo que uma criança normal faz. “A diabete dá trabalho, mas não é limitante. Ela exige da família e do paciente. Sou otimista em relação às possibilidades que temos hoje”, conta o endocrinologista.

As refeições, em termos de horários, têm que ser regradas. “Se tiver alguma irregularidade, ela vai dificultar a quantidade de insulina a ser injetada”, explica Calliari. A alimentação, em suma, tem que ser saudável. “Arrisco-me a dizer que as crianças diabéticas comem melhor que as não-diabéticas”, completa.

Não é possível afirmar que a criança será diabética para sempre. “A gente não sabe o que vai acontecer”, diz o médico, que também afirma que o tratamento é diário e caro, apesar de o governo estar distribuindo insulina e seringas para a população.

Consultoria: Luis Eduardo Calliari é endocrinologista pediátrico e pai de Paula.


Palavras-chave

Leia também

Fernanda Paes Leme fala sobre hormônios após expor crise na amizade com Bruno Gagliasso - (Foto: reprodução/Instagram)

Família

Fernanda Paes Leme comenta sobre fim da gravidez em meio a afastamento de Bruno Gagliasso

De A a Z: confira os nomes femininos americanos para te inspirar - Getty Images

Bebês

Nomes americanos femininos: mais de 1000 opções diferentes para você se inspirar

Gêmeas siamesas falam sobre relacionamento - (Foto: reprodução/TikTok)

Família

Gêmeas siamesas falam sobre relações íntimas após uma assumir namoro

A bartolinite é uma infecção que ocorre nos cistos de Bartholin, causando uma inflamação na região da vagina - Freepik

Família

Bartolinite: o que é a bola inchada na vagina e como tratar a infecção

Post de Bruno Gagliasso é interpretado como indireta para Fernanda Paes Leme - (Foto: reprodução/Instagram)

Família

Texto de Bruno Gagliasso depois de Fernanda Paes Leme revelar distanciamento é visto como indireta

Os nomes japoneses femininos são lindos, fortes e possuem significados encantadores - Getty Images

Bebês

Nomes japoneses femininos: 304 opções lindas para você conhecer

Se você procura um nome de menina, aqui estão 180 ideias diferentes - Pexels/Moose Photos

Bebês

180 nomes femininos diferentes: ideias de A a Z para você chamar a sua filha

Manu Bahtidão desiste de fazer apresentação no aniversário de Lua e se diz envergonhada - (Foto: reprodução/Instagram)

Família

Manu Bahtidão pede desculpas e dá veredito sobre polêmica na festa de Lua