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Tempo de mudança

Imagem Tempo de mudança

Publicado em 04/08/2013, às 21h00 por Cecilia Troiano


Minha primeira gravidez coincidiu com o início de minha vida profissional como empresária. Ao engravidar de minha filha Beatriz, eu havia acabado de me desligar de um emprego formal e iniciado uma sociedade que duraria 5 anos. Ou seja, nas minhas duas gestações eu já não tinha a segurança de uma licença maternidade definida e amparada pelas leis trabalhistas. Assim, coube a mim, nos dois casos, definir como seria o período após o nascimento de meus filhos. Como eu iria combinar meu mundo já conhecido, o do trabalho, com o novo mundo que estava chegando, o da maternidade? 

De uma coisa tenho certeza: em nenhum momento passou pela minha cabeça parar de trabalhar. A questão que me deixava inquieta era como fazer essa parada possível. Nessa época eu tinha uma sócia, a Suzy, que já era mãe de duas meninas. Com certeza isso também foi fundamental para minha decisão. Eu contava não só com ela para me cobrir na minha ausência, na medida do possível, mas também com a compreensão de outra mãe – e por isso sou imensamente grata! 

Nos dois períodos após nascimento de meus filhos optei por me conceder uma licença-maternidade de 2 meses. Foram 2 meses de dedicação total a eles, sem me preocupar com nenhum assunto profissional. Posso dizer que esse tempo foi muito importante para mim e espero que tenha sido também para meus filhos. Minha rotina era totalmente nova, com horários novos e atividades inéditas, principalmente com a Beatriz, minha primeira filha. Deixar o trabalho de lado, temporariamente, era um desafio. Mas consegui. 

Passados esses dois meses, posso dizer que minha condição de empresária e o apoio do meu marido, somados a uma babá competente e a proximidade de casa em relação ao escritório foram fatores fundamentais para minha definição de como agir. De um ponto eu não abriria mão: seguir amamentando meus filhos pelo maior tempo possível. Eu adorava amamentar, apesar do cansaço dessa atividade. Assim, dos 3 aos 6 meses de idade de meus filhos, trabalhei meio período em casa e meio período no escritório. Quando a Beatriz nasceu, em 1993, e quando o Gabriel nasceu, em 1996, nem de longe a internet estava como está hoje. Mesmo assim, fazia parte do meu trabalho em casa escrevendo à mão ou no computador salvando num disquete (lembram-se??) entre uma mamada e outra. Muitas vezes, digitava e empurrava o carrinho com os pés para ninar o bebê. 

Pode parecer incrível, mas morro de saudades dessa fase.  Mesmo com o sono infernal das noites mal dormidas, de ter que acordar cedo para trabalhar, de estrear no mundo das mães equilibristas, tentando fazer tudo ao mesmo tempo, eu adorava essa intimidade da mãe com o bebê. É muito bom! 

Não era fácil dar de mamar, cuidar do bebê e ainda ter as responsabilidades do escritório. Lembro-me de algumas reuniões com clientes que se estendiam e eu sabia que eu precisava sair para amamentar. O seio começa a vazar leite, você se desliga do assunto da reunião e só fica imaginando o bebê morrendo de fome esperando pelo peito. Ainda mais no meu caso, já que eu não conseguia tirar leite e meus filhos não pegavam facilmente e mamadeira. 

Nos dois casos, depois de 6 meses, retomei minha rotina profissional em tempo integral, preservando as mamadas matinais e noturnas até os 10 meses. Se tivesse um terceiro filho, faria tudo igual…


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