Publicado em 08/05/2013, às 21h00 por Cecilia Troiano
“Foi uma decisão bem dura a de abandonar o home office e voltar ao emprego formal. Meus filhos já estão na escola e passar parte do dia sozinha em casa já estava começando a incomodar. Volto agora à vida de gente grande e não posso mais trabalhar de pijamas. Mas com a certeza de que não vou abrir mão de ver meus filhos crescerem”.
Acabo de ler o depoimento acima, num post no Facebook, compartilhado por uma amiga que também é mãe e que até então tinha optado pelo home office. Cada vez mais vejo mães e pais pensando nesta opção como uma forma de preservar a carreira sem abrir mão de acompanhar de pertinho o dia a dia dos filhos. Acho que o depoimento dela nos aponta uma série de temas que valem uma reflexão nossa.
“Foi uma decisão dura”, diz ela. Seja qual for a opção, trabalhar em casa ou trabalhar na empresa, a decisão vem junto com uma boa dose de sofrimento. Há perdas, claro, independente do caminho escolhido.
“Meus filhos já estão na escola e passar o dia sozinha já estava começando a me incomodar”. O home office não precisa ser encarado como uma opção definitiva. Pode ser bom por um tempo e não significa que não se possa retomar a vida do “office-office”. Idade dos filhos, novo bebê, distância da casa/trabalho, vontade de ficar mais em casa, são todos fatores que podem obrigar a uma revisão da opção. Além disso, é importante atentar para o “isolamento” a que se refere minha amiga. O home office, por sua natureza, pressupõe um trabalho mais isolado, com menor contato com colegas. É importante ter essa consciência antes de tomar a decisão pelo home office.
Volto à vida de gente grande. Por mais que saibamos que uma profissional pode render igualmente bem trabalhando em casa ou na empresa, há ainda uma patrulha social que considera o trabalho feito na empresa como mais valioso que o feito no home office. Há algum ar de “café com leite” para a opção de se trabahar em casa. Não à toa minha amiga relata que voltará à vida de “gente grande”. Afinal, gente grande sai para trabalhar e gente pequena não.
Não posso mais trabalhar de pijamas. Trabalhar em casa exige disciplina. O home office cobra que tenhamos regras bem claras, de horários, espaços na casa e até de postura. Certamente minha amiga estava brincando ao falar de não mais trabalhar de pijamas mas acho que a roupa que vestimos também dá um caráter mais profissional ao home office. Talvez nem precisemos estar de blaser e salto alto mas tampouco de pijamas e pantufas.
“Mas com a certeza de que vou ver meus filhos crescerem”. O final do depoimento, para mim, é o que mais pesa na decisão a favor do home office, pelo menos entre os que têm filhos. Afinal, como mães e pais, não queremos uma coisa ou outra. Queremos ambas, trabalhar e curtir os filhos. Ser profissional e ser mãe ou pai. Muitas mulheres abrem mão de carreiras maravilhosas porque sabem que a posição significaria abrir mão de estar com os filhos. O home office é uma alternativa atraente pois pode significar a possibilidade de conciliar esses dois mundos.
À minha amiga, desejo uma nova jornada muito feliz e agradeço pelo depoimento sincero. Que suas palavras inspirem pais e mães, seja qual for a escolha deles, agora já conscientes das oportunidades e fantasmas do home office.
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