Colunas / Se eu pudesse eu gritava

O fogo e o menino

Publicado em 03/11/2013, às 22h00 por Tatiana Schunck


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Outro dia enquanto passeávamos, vimos uma casa pegando fogo. Uma cena nada comum pelos arredores da nossa casa. Meu filho apontou a fumaça preta de longe e andou correu o mais rápido que pôde na direção do calor. Enquanto eu observava cada garagem de casa e portões de casas com seus cachorros que avançam… Porque o menino se apoia, quando precisa ou quando quer sentir e ver, em cada portão interessante e diferente que cada rua que andamos têm. E ficamos assim, a mãe anda corre com o moleque ora beirando os portões das casas, ora beirando o limite calçada-rua.

Daí chegamos ao fogo, muita gente olhando a cena que impressiona mesmo, o fogo vermelho forte inteiro por cada canto da casa. Muito forte. Meu filho escuta a sirene dos bombeiros e inicia seu cantar: éó, éó, éó, éó… Encara algumas pessoas que nesse instante acabam sorrindo diante do desastre e que logo voltam a enrijecer as faces na fogueira. Os três caminhões de bombeiro se aproximam. A polícia também já está lá fechando as entradas da rua. Meu filho chega a seu maior contentamento quando vê de perto o caminhão de bombeiros. Eu, que já havia me afastado o suficiente para não corrermos riscos, seguro o menino no colo com dedicação. Quando penso em soltá-lo, esse desbrava a rua e corre na direção dos bombeiros, pode?

Saímos de lá impressionados, eu com o fogo, ele com o caminhão. Éó, éó, éó… É o som que nos acompanha até nossa casa, e demoramos a chegar, viu? Porque, com o menino decidido a ser caminhão bombeiro pelas ruas, o ritmo e a entrega são outros, diferentes dos que passam na televisão e dos que nos contam sobre a felicidade da família de propaganda. Só digo isso para dar noção do tempo real numa caminhada tranquila pelas ruas. Não passa tão rápido como poderia parecer. É um caminho cheio de histórias, fantasias, monstros, aventuras, danças… Não é linear uma volta para casa. Depois do fogo então. O menino acendeu.

Daí para completar a tarde, numa das casas que passamos em frente tocava-se uma música boa e alta. Meu filho ocupou a calçada toda dessa casa e dançou livremente entre giros e pequenas batidas no portão de madeira que a fechava. Isso até o vizinho, o dono da casa, abrir o portão com cara brava e o bater de volta fechando-o em nossas caras de felicidade alheia, dando nosso limite de tempo nessa situação. Tão bonito meu menino.


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