Mesmo após uma primeira gestação tranquila, alguns casais têm dificuldade em gerar mais um filho mesmo após 12 meses de relações sexuais. Essa condição é chamada de infertilidade secundária.
A incapacidade de conceber ou gerar outro bebê após 12 meses de relações sexuais desprotegidas em uma mulher que já teve um bebê no passado sem nenhum tratamento de fertilidade não é algo incomum.

A infertilidade secundária ocorre aproximadamente na mesma taxa que a infertilidade primária (quando os casais não conseguem conceber seu primeiro bebê). Afeta homens e mulheres igualmente.
Diagnosticar a causa dessa infertilidade secundária é fundamental para indicar o tratamento adequado. As causas são, por vezes, as mesmas da infertilidade primária: envelhecimento, distúrbios de ovulação, baixa contagem de espermatozoides e outros fatores.
Embora a infertilidade secundária possa ser uma surpresa para muitos casais, ela pode ser tratada com sucesso. O plano de tratamento tem relação com a causa e aumenta as chances de conceber um filho. Medicamentos para fertilidade ajudam a estimular hormônios que podem ajudar as mulheres a ovular. Eles podem ser tomados por via oral ou injetados.
A cirurgia para infertilidade secundária também pode ser indicada. Um procedimento minimamente invasivo chamado histeroscopia é usado para tratar a endometriose, limpar os bloqueios das trompas de Falópio ou remover tecido cicatricial, pólipos e miomas do útero.
Nos homens, a cirurgia é mais comumente usada para remover varicoceles. A cirurgia também pode corrigir tubos de epidídimo bloqueados ou com cicatrizes que armazenam e transportam esperma e vasectomias reversas.
Também é importante fazer ajustes no estilo de vida, melhorando a dieta, o sono e a prática de atividade física nesses pacientes. Em alguns casos, indicamos as tecnologias reprodutivas avançadas em reprodução assistida, com procedimentos de fertilidade que envolvem o manuseio de óvulos, espermatozoides ou embriões, que têm taxa de sucesso de 24%. Dois dos procedimentos mais comuns são a fertilização in vitro e a inseminação intrauterina (IIU). Esses tratamentos podem possibilitar e viabilizar o segundo filho. Mas é fundamental buscar ajuda o quanto antes.