Colunas / Família: fábrica de gente

Já ouviu falar em detox relacional?

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Publicado em 02/04/2020, às 12h51 por Regina G Politi


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Se relacionar com alguém é também uma habilidade, e não apenas um sentimento (Foto: iStock)

Se a sua resposta foi sim, ótimo. Se não, vamos abordar o tema para reflexão e análise.

As relações com o passar do tempo podem evoluir e amadurecer, ou acontecer exatamente o contrário, se deteriorarem, apesar dos sentimentos entre as partes envolvidas. Sim, exatamente isso, pois a existência de um sentimento não garante por si só que a relação seja construtiva e evolutiva.

Observamos muitas vezes que, apesar dos sentimentos serem positivos entre as pessoas, as relações podem ser negativas.

Aparentemente isso soa como incoerência ou paradoxo, mas não é.

Acontece que se relacionar com alguém é também uma habilidade, e não apenas um sentimento. E essa competência nem sempre as pessoas possuem!

Muitas vezes não tivemos modelos na família para nos ensinar e inspirar, e chances de aprender durante a infância e adolescência. Acontece muito mais do que gostaríamos.

E quando jovens, vamos acabar estabelecendo novas relações, muitas vezes, sem o devido preparo emocional para tal desafio.

Se para se relacionar temos que ter certas competências, as chamadas habilidades socioemocionais, o que sugerimos é apreendê-las antes que seja tarde!

Essas habilidades deveriam ser estimuladas desde o nosso nascimento, para que fosse um processo mais fácil e natural, mas como nem sempre aprendemos em casa, vamos ter que buscar alternativas para desenvolvê-las e treiná-las.

E que habilidades são essas? Vamos lá!

Em primeiro lugar, vamos ter que superar nosso narcisismo. Sim, porque ao nascer e durante a primeira infância nos sentimos o ser mais importante do mundo, o qual gira em torno de nós e nossas necessidades!

Vamos ter que compreender e aceitar que somos importantes tanto quanto os outros a nossa volta, nem mais, nem menos.

Teremos que aprender que não somos o centro do universo! Essa frustração é fundamental. Do contrário, nunca vamos superar esse narcisismo. E vamos sair pelo mundo a fora esperando que os outros satisfaçam nossos desejos e necessidades. Imaginem o que acontece! Um total desencontro atrás do outro. Ninguém está a mercê do nosso desejo.

Construir relações saudáveis, sejam na família, no trabalho, na sociedade, no mundo é muito importante! (Foto: iStock)

Além desta superação narcísica, vamos ter que aprender a lidar com os outros, que não são como eu gostaria que fossem, ou seja, vou ter que aprender a lidar com as pessoas como elas são, independentemente da minha aprovação ou não. E isso é bastante complexo, pois precisamos aprender a tal da empatia, que é justamente a ideia de se colocar no lugar do outro, para compreendê-lo, já que o outro não é necessariamente do jeito que eu quero ou aprecio. Lidar com o outro como um legítimo outro, diferente de mim , não é nada fácil! Como entender o outro e me fazer ser entendido também?

Uma vez que eu tenha superado o narcisismo, e tenha aceitado o outro como diferente de mim, a terceira fase do aprendizado é exatamente aprender como se faz para estabelecer uma relação, como se cria um vínculo significativo com as pessoas importantes da minha vida, da minha história.

Ou seja, como se constrói uma relação duradoura que seja mutuamente satisfatória para os envolvidos. Uma vez que as pessoas só ficam nas relações se sentirem confortáveis dentro dela, do contrário podem desistir e cortar a relação, o que nem sempre é benéfico e necessário.

Essa é uma das habilidades mais sofisticadas no ser humano: construir relações saudáveis, sejam na família, no trabalho, na sociedade, no mundo!

Então este laboratório chamado detox relacional tem exatamente esta função: fazer um diagnóstico relacional para avaliar o que acontece na dinâmica da relação, para intervir com mudanças bilaterais, que possam passar a limpo essas relações insatisfatórias, intoxicadas, “limpando” as partes tóxicas, destrutivas, os “nós” que destroem a relação, de maneira a reconstruir através de novas habilidades relacionais um novo “modus- operandi” que seja mais saudável e profícuo aos envolvidos.

Na próxima coluna vou falar dos pontos mais frequentes de uma relação intoxicada e desgastada, que merece passar pelo processo de detox. Aguardem!

Se tiver interesse em conhecer como funciona esse detox relacional para ver a diferença que pode fazer na sua vida,
mande um e mail aqui para a coluna da Pais&Filhos familiafabricadegente@paisefilhos.com.br.

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Palavras-chave
Comportamento Família Criança pais

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