Publicado em 09/08/2016, às 14h56 por Ligia Pacheco
Assim como a culinária tem a sua medida “a gosto”, a educação dos filhos também tem. Não há uma medida exata, que se possa indicar com precisão. A quantidade e a qualidade do tempero a se colocar varia conforme o gosto, a receita, as possibilidades, as necessidades e a própria cultura de cada um com seus princípios e valores. Isto vale tanto na culinária quanto na educação dos filhos. Não estou aqui minimizando a educação dos filhos comparando-a a um prato de comida. Mas é uma boa metáfora que nos ajuda a entender desta difícil tarefa de bem educá-los.
Educar um filho é complexo e difícil. Claro que as ciências nos ajudam a conhecer melhor da criança (e da culinária também!) e de seu desenvolvimento dando-nos dicas mais precisas do por que, do que e do como atuar em cada fase dos nossos filhos. Como por exemplo, do que ele são capazes de fazer com a idade X, como ajudá-los a irem bem na vida e na escola, o que é bom e não é bom fazer, quais os erros que parecem acertos entre tantos outros conhecimentos e dicas que nos facilitam a bem educar.
Todavia, assim como na culinária, para que a educação possa se beneficiar de seu grande poder de transformação, há que se ter boa noção dos “ingredientes” e de suas possibilidades, do modo de fazer e de como apresentá-los para poder então desfrutar. Inclusive, conhecer bem os temperos, pois a medida é a gosto.
Os ingredientes da educação de filhos seriam os conhecimentos sobre o desenvolvimento físico, neurológico, emocional, cognitivo, psíquico, motor, social, espiritual, moral, enfim, o desenvolvimento integral da criança. Saber o que são e como acontecem em cada fase da criança. Claro que, quanto mais se conhece destes “ingredientes” e de suas relações, melhor, mais fácil e gostosa será a educação. Válido também na culinária e eu sei bem disso.
Mas, não basta saber. É preciso saber como fazer para estes “ingredientes” transformarem-se em maravilhas. Saber quais se misturam, quanto tempo de “cozimento”, achar o ponto sem deixar queimar ou deixar cru. Por isso é bom, durante o processo da educação, provar, avaliar, ajustar até ficar no ponto.
E repito, quanto mais se conhece, mais fácil e gostoso fica. E o melhor jeito de fazer é semelhante ao da culinária. Interessar-se, pesquisar e aprender com algumas “receitas” até sentir-se confiante para criar as suas próprias. E lembre-se, mesmo nas receitas prontas o tempero deve ser a gosto.
E então, é só caprichar e desfrutar da deliciosa transformação. Pois, que delícia é ver os filhos crescendo e desenvolvendo, seja qual for a idade que eles tenham.
Que fique então a dica de Agosto: conheça mais dos “ingredientes”, crie as suas receitas, coloque a mão na massa e tempere a gosto.
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