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VSR: Saiba tudo sobre o Vírus Sincicial Respiratório

Publicado em 24/04/2024, às 10h56 por Redação Pais&Filhos


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O vírus sincicial respiratório (VSR) prolifera-se em ambientes pouco ventilados e com muita gente e provoca uma doença altamente contagiosa. O vírus sincicial respiratório (VSR), que pertence ao gênero Pneumovirus, é um dos principais agentes de uma infecção aguda nas vias respiratórias, que pode afetar os brônquios e os pulmões.

Na maior parte dos casos, ele é responsável pelo aparecimento de bronquiolite aguda (inflamação dos bronquíolos, ramificações cada vez mais finas dos brônquios que penetram nos alvéolos pulmonares) e pneumonia, especialmente em bebês prematuros, no primeiro ano de vida. Até mesmo aqueles que receberam anticorpos das mães durante a gestação são vulneráveis à infecção pelo vírus sincicial respiratório.

Segundo a Associação Americana de Pediatria, fazem parte dos grupos de risco para desenvolver formas graves da doença, além dos prematuros, os portadores de distúrbios cardíacos congênitos, de doenças pulmonares crônicas e de imunodeficiência congênita ou adquirida. Tabagismo passivo, ambientes pouco ventilados e com muita gente, desmame precoce visto que pode afetar o fortalecimento do sistema imunológico da criança, são outras condições que favorecem a manifestação desses quadros infecciosos.

Como é a infecão pelo VSR?

A infecção pelo VSR é altamente contagiosa. Há evidências de que até os três anos de idade, todas as crianças já entraram em contato com esse vírus sem desenvolver a forma grave da doença. Além disso, como não confere imunidade permanente, ao longo da vida a pessoa pode apresentar episódios recorrentes da enfermidade, mas com sintomas menos agressivos.

Apesar de não estarem associados à vigência de baixas temperaturas, os casos de infecção pelo VSR são mais frequentes no final do outono, durante o inverno e no início da primavera, o que, no hemisfério sul, corresponde aos meses compreendidos entre maio e setembro. Já, nas localidades de clima tropical ou subtropical, os surtos sazonais ocorrem mais no período chuvoso.

Qualquer pessoa pode ser infectada pelo vírus sincicial respiratório. As manifestações clínicas variam de acordo com a idade (nos dois extremos da vida são mais graves), a exposição anterior ao vírus e a existência de doenças subjacentes.

O vírus sincicial respiratório penetra no organismo saudável através das mucosas da boca, do nariz ou dos olhos, e nele pode permanecer por semanas. O período de transmissão começa dois dias antes de aparecerem os sintomas e só termina quando a infecção está completamente controlada.

Como ocorre o contágio do VSR?

O contágio se dá pelo contato direto com as secreções eliminadas pela pessoa infectada quando tosse, espirra ou fala e, de forma indireta, pelo contato com superfícies e objetos contaminados, nos quais o vírus pode sobreviver por várias horas.

A infecção pelo vírus sincicial respiratório pode ser assintomática. No entanto, a maioria das pessoas infectadas desenvolve uma doença autolimitada, ou seja, os sintomas desaparecem espontaneamente em poucos dias. O período de incubação dura, em média, cinco dias. Nos adultos e crianças maiores com boas condições de saúde, os sintomas são semelhantes aos do resfriado comum - secreção nasal, espirros, tosse seca, febre baixa, dor de garganta e dor de cabeça.

Com a progressão da doença, porém, a infecção pode alcançar o trato respiratório inferior e afetar bronquíolos, alvéolos e pulmões. Por isso, merecem atenção e cuidado os seguintes sinais clínicos: febre alta, muita tosse, dificuldade para respirar, adejo nasal (batimentos acelerados das asas do nariz provocado por obstrução das vias aéreas), cianose labial e nas extremidades (lábios e unhas arroxeados), pieira (sibilo ou chiado no peito provocado pelo estreitamento dos brônquios inflamados), tiragem intercostal (retração e afundamento dos espaços entre as costelas durante a inspiração), falta de apetite, letargia.

Como é feito o diagnóstico do VSR?

O diagnóstico leva em conta os sintomas, especialmente nas épocas do ano em que a infecção pelo vírus sincicial respiratório é mais comum.

Exames de laboratório realizados em amostras de sangue ou da secreção colhida no nariz e na garganta do doente podem ser úteis para identificar a presença do vírus ou de seus anticorpos e alertar os órgãos de saúde sobre a ocorrência de surtos sazonais epidêmicos. A radiografia do tórax é outro exame disponível para confirmar o diagnóstico.

A prevenção está diretamente associada aos cuidados básicos de higiene, especialmente à lavagem nasal frequente das mãos com água e sabão, à aplicação de álcool gel antes e depois de entrar em contato com o doente e à desinfecção de superfícies e objetos expostos a secreções corporais contaminados pelo vírus. Evitar aglomerações em locais fechados e manter distância das pessoas que apresentam sinais da doença são outras medidas importantes para controlar a disseminação do VSR

Existe remédio para o VSR?

Em um avanço significativo para a saúde pública, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu, em abril de 2024, aprovação ao registro da vacina Abrysvo, desenvolvida pela farmacêutica Pfizer.

Crianças até os dois anos de idade, com alto risco de desenvolver complicações graves se forem infectadas pelo vírus sincicial respiratório, podem contar com um medicamento profilático - a imunoglobina monoclonal humanizada - para prevenir a forma grave da doença. Chama-se palivizumabe, teve o registro aprovado pela Anvisa e a distribuição gratuita é garantida pelo SUS. O remédio deve ser administrado em cinco doses consecutivas, uma a cada 30 dias. A primeira deve ser aplicada um mês antes do início do período sazonal previsto para maior circulação do vírus.

Como costuma ocorrer com a maioria das viroses, o tratamento é sintomático. Na maioria dos casos, basta recorrer a medicamentos para baixar a febre, aliviar a dor e o mal-estar, fazer repouso, tomar muito líquido para evitar a desidratação e permanecer em ambientes com ar umidificado para facilitar a saída da secreção nasal e acalmar a tosse.

Pacientes com insuficiência respiratória grave devem ser hospitalizados para receber suporte ventilatório mecânico e medicamentos específicos, como broncodilatadores e antibióticos, se houver uma infecção por bactérias associada o que pode agravar o quadro e até levar à morte.

O antiviral ribaverina, utilizado sob a forma de aerosol microparticulado, demonstrou efeitos benéficos no tratamento da infecção do trato respiratório inferior pelo vsr. No entanto, embora essa droga tenha recebido aprovação do FDA (Food and Drug Administration) americano, é contraindicada para crianças que necessitam de ventilação assistida e para mulheres grávidas ou que pretendem engravidar, porque pode prejudicar o desenvolvimento do feto.


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