Publicado em 02/07/2015, às 09h03 - Atualizado em 15/09/2022, às 09h42 por Redação Pais&Filhos
Desde o momento do parto, os sentidos do bebê são estimulados por todos os lados: as luzes fortes do hospital atingem seus olhos, novos cheiros invadem o nariz, o barulho dos médicos e enfermeiros para lá e para cá chegam aos ouvidos e finalmente o toque e o cheiro materno acalmam o bebê que acaba de chegar. São os primeiros estímulos fora da barriga da mãe, os primeiros contatos com o mundo exterior.
Mas esse é apenas o início de uma fase repleta de descobertas, todas elas fundamentais para o desenvolvimento da criança. Cada um dos sentidos do bebê tem um órgão específico que será bem desenvolvido ao longo do tempo, mas eles trabalham juntos para que a interação com o mundo seja completa e para que o bebê aprenda o máximo possível. Por isso, cada estímulo que o bebê recebe é uma experiência completamente nova.
O bebê inicia sua relação com o mundo pela musicalidade da voz materna. A psicóloga e psicopedagoga Renata Yamasaki, especialista em orientação familiar, mãe de Maria Luiza e Rodrigo, explica que, antes de aprender a falar, o bebê entra em sintonia afetiva com os pais por meio de uma comunicação baseada em sons e ritmos. Esse é um vínculo importante desde a gravidez, já que por volta dos sete meses ele já é capaz de escutar o que acontece dentro e fora do corpo da mãe, como vozes ou uma música que você canta para ele.
Os estímulos podem ser diversos e cada família age do seu jeito. No caso de Nathália Duprat, mãe de Helena e Manoel, respeitar o ritmo da criança sempre foi a regra número um: “Procurei estimular com brinquedos de diferentes barulhinhos, mas sem muita pressão. Somente para que se distraísse e começasse a diferenciar os sons. Acho que tudo tem seu tempo. Nunca fui de oferecer todos os estímulos do mundo a Helena, para que ela se desenvolva mais rápido. Nosso papel é respeitar o ritmo e dar as condições conforme elas vão aparecendo”.
A limpeza dos ouvidos tão sensíveis é um assunto que gera dúvidas em muitas mães. Luiz Cervone, pediatra e diretor médico do Hospital Alvorada, pai de Fábio e Eduardo, recomenda que os pais limpem apenas a parte externa. Ou seja, nunca coloque nada dentro do ouvido. E para enxugar basta uma toalha. Segundo o pediatra, a otite é um dos problemas mais comuns nessa fase da vida do bebê.
As experimentações pelo olfato acontecem ainda no útero da mãe, quando o feto já pode sentir cheiros pelo líquido amniótico. Desenvolvido desde muito cedo, o olfato do bebê é bastante apurado e ele irá guiar-se principalmente por ele nos primeiros meses de vida. No entanto, é um sentido mais difícil de estimular. É preciso observar as reações do bebê para descobrir o que agrada mais: “Já vi casos de mãe que trocou o desodorante e depois disso o bebê não quis mais pegar o peito, mas são casos que só sabemos pela experiência. Alguns possuem o olfato mais sensível”, explica Carlos Correa, pediatra especializado em neonatologia e pai de José.
É pelo olfato que o bebê vai reconhecer os pais, principalmente a mãe. Como seu filho sente todos os cheiros, o ideal é evitar perfumes muito fortes. Cuidado também com os desinfetantes, eles podem causar alergias. Ao contrário dos outros sentidos, o olfato já vem completamente desenvolvido desde o nascimento, por isso, mais importante do que estimulá-lo é tornar o ambiente agradável para que os maus odores ou cheiros muito fortes não incomodem o desenvolvimento do seu bebê.
Após o nascimento, o bebê ainda não é capaz de enxergar com perfeição. Ele vê com nitidez apenas aquilo que estiver em uma distância média de 30 centímetros dos seus olhos e consegue diferenciar só as cores mais vivas. É só aos 7 meses que a visão estará completamente desenvolvida. “O desenvolvimento dos bebês acontece da cabeça para os pés: primeiro a criança acompanha tudo com o olhar, depois aprende a falar, sentar, andar… É importante colocar móbiles, usar cores fortes pelo quarto, dar brinquedos que estimulem isso. Por isso, eles gostam tanto de imagens”, explica o pediatra Luiz Cervone.
O reconhecimento também é desenvolvido com rapidez: a visão depende de memórias e experiências, já desenvolvidas. Apenas com o tempo seu filho cria um repertório e passa a dar significado ao que vê.
No caso do paladar, é natural que a criança tenha mais facilidade em aceitar doces. Mas até os 2 anos a criança não pode comer açúcar ou sódio em excesso. Uma dica é montar pratos com cores vibrantes, para tornar a refeição mais atrativa, além de criar hábitos saudáveis.
Nathália Ruggiero, mãe de Theo, é adepta do BLW (Baby Led Weaning, “desmame que o bebê lidera”, em tradução livre), um método no qual o bebê come alimentos sólidos e usa as próprias mãos para isso: “Ele precisa se interessar pelo alimento, pegá-lo, levá-lo até a boca e mastigá-lo. Percebe quanta coisa nova? Ele conhece diversos sabores, cores, texturas, formatos, odores”. Para a mãe, o processo ainda ajuda o filho a criar hábitos saudáveis desde cedo, criando uma relação mais equilibrada com a comida.
É o sentido que o bebê mais utiliza para explorar o mundo. Não é à toa que basta colocar algum objeto na palma da mãozinha para que ele agarre aquilo que toca. O tato também é responsável por adaptar a criança ao ambiente fora do útero e por isso ela reage bem ao toque da mãe. “O acolhimento que os pais direcionam ao bebê durante os primeiros anos de vida fornecem sentimentos de confiança e de bem-estar, condições muito necessárias para o desenvolvimento físico, psíquico e emocional”, afirma a psicóloga Driele Reis, filha de Maria de Fátima e Omar.
Theo, filho de Nathália, é carregado no sling desde os 15 dias de vida e também toma banho no colo da mãe. O contato só trouxe vantagens. “Sempre preferi o sling ao carrinho, o calor da mãe é fundamental. Se é para ficar fora do colo, que seja para explorar. No banho ficamos pele a pele no quentinho, ele pode mamar e acaba adormecendo.” Outra atividade que reforça o contato entre mãe e bebê são as massagens, que, quando são feitas diariamente, se transformam em uma forma de carinho e de desenvolver o contato. Alguns movimentos específicos podem até ajudar a acalmar as cólicas ou estimular o intestino da criança.
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