Publicado em 25/03/2014, às 18h41 - Atualizado em 21/05/2021, às 08h06 por Redação Pais&Filhos
Todo menino nasce com uma pelinha que reveste a cabeça do “pipi”. Essa pelinha, o prepúcio, é uma estrutura retrátil que cobre a glande e, em condições normais, vai pra trás e pra frente sem dificuldade na hora de a mãe fazer a higiene no bebê.
Acontece que, em alguns meninos, a pelinha é muito grudada e dá uma travada na hora de ser puxada para trás. Isso é o que se chama fimose e, às vezes, deve ser eliminada com cirurgia ou tratada com pomada.
Respondemos a seguir às principais perguntas de mães de meninos para ajudar a lidar com a situação sem neura — e sem vergonha.
Não necessariamente. “O que caracteriza a fimose é o estreitamento da pele que impossibilita que a glande seja exposta, e não o excesso de pele”, explica o urologista Jose Carlos Ibanhez Truzzi, pai de Natássia.
A dificuldade em puxar toda a pele para trás é incômoda para a criança e, com o atrito com a fralda, pode piorar a irritação. “A pele fica avermelhada e inchada”, aponta o urologista Octaviano Carvalho Neto, do Centro de Urologia do Hospital 9 de Julho e pai de Caio e Rafael.
Além disso, como a pele não descobre totalmente a glande, alguns resíduos de urina e das próprias secreções do corpo podem ficar ali nas dobrinhas e provocar inflamações e infecções. “Pequenas rachaduras podem aparecer, acompanhadas de vermelhidão, dor e coceira”, explica Truzzi.
Às vezes, sim. “Alguns graus mais leves podem ceder à medida que a criança cresce e a pele dá uma cedida, se abrindo mais”, explica Truzzi. Segundo Carvalho Neto, é possível que nos primeiros meses de vida do bebê a pelezinha já se solte.
Não! “A tentativa de fazer a pele voltar é dolorosa e difícil, e não deve nunca ser feita. O médico é a pessoa mais indicada para orientar o que fazer em cada caso”, diz Truzzi.
Se a mãe está com muitas dúvidas e quer uma orientação, pode primeiro levar ao pediatra da criança. Se for o caso, ele vai indicar um bom urologista para avaliar se é o caso de operar ou não. “O que vale é nunca ficar com dúvida”, diz Carvalho Neto.
Tanto o tratamento quanto a idade dependem de como a criança está evoluindo em relação à fimose. Nos casos mais leves, em que a cirurgia não é necessária, o médico pode indicar uma pomada de corticóide. “O princípio ativo dela é uma enzima que ajuda a soltar as fibras da pele e, assim, diminuir o problema”, explica Carvalho Neto.
Mas se o menino está tendo muitas inflamações e infecções e a pele é muito fechada, às vezes a cirurgia é feita nos primeiros meses ou até dias de vida. “Mas se a criança não tem tantas inflamações e essa pele não está causando maiores desconfortos para ela e para a mãe, a cirurgia não precisa ser imediata”, diz Truzzi.
Super simples. O único objetivo dela é retirar o excesso de pele que cobra a glande, e isso leva em torno de uma hora apenas. A anestesia é geral quando os pacientes são muito pequenos – para não ficarem assustados e atrapalhar o procedimento. Em crianças maiores, a anestesia é local com sedação.
“Existem várias técnicas diferentes, mas a cirurgia tradicional é com bisturi, com um corte na pele para removê-la. Depois são dados pontos”, explica Truzzi. Depois da cirurgia, sem complicação: a criança sai da cirurgia com um curativo simples de gaze e andando normalmente.
Quase. A postectomia tem como objetivo facilitar a exposição da glande quando a pele tem a abertura muita estreita. A circuncisão, um hábito dos judeus, às vezes adotada também por questões higiênicas, é feita imediatamente após o nascimento e remove o prepúcio independente de haver fimose.
Sim. No dia seguinte à cirurgia, os pais devem retirar o curativo e preparar um banho morno e com sabonete neutro. Depois é só secar e fazer um novo curativo com gaze e uma pomada cicatrizante indicada pelo médico. “A partir de então, diariamente, os pais vão repetir esse processo duas vezes por dia, pela manhã e à noite”, orienta Truzzi.
Nesses primeiros dias, é comum ter um pequeno inchaço e cor arroxeada na região. Por isso o especialista recomenda, além do acompanhamento médico para avaliar a recuperação, também algumas medidas preventivas: “Orientamos que a criança aguarde pelo menos 2 ou 3 dias até voltar à escola ou retomar atividades como esportes ou natação.”
Os pontos não precisam ser retirados: são absorvíveis pelo organismo. Passada 1 ou 2 semanas, a pele estará cicatrizada, e seu menino livre de incômodos.
Consultoria: Jose Carlos Ibanhez Truzzi, urologista do Hospital Santa Catarina e pai de Natássia; Octaviano Carvalho Neto, urologista do Centro de Urologia do Hospital 9 de Julho e pai de Caio e Rafael
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