Engravidar

Do outro lado do mundo

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Publicado em 06/11/2013, às 10h20 - Atualizado em 22/06/2015, às 17h32 por Redação Pais&Filhos


“Me casei aos 25 anos e fui morar na China por causa do trabalho do meu marido. No ano seguinte, fui diagnosticada com endometriose nível 4, com baixíssima chance de engravidar naturalmente. O médico receitou um tratamento de seis meses com injeções. Fiz o tratamento, mas a endometriose voltou. Foram necessárias duas cirurgias, e o médico disse para eu procurar uma clínica de reprodução assistida se quisesse engravidar. Era difícil fazer isso na China, então tentei naturalmente, mas sem sucesso. Aos 28 anos, nos mudamos para a Coreia do Sul e lá resolvi procurar uma clínica. Na primeira tentativa de fertilização in vitro conseguimos sete embriões. O médico colocou dois. Esperamos 10 dias e o resultado foi: GRÁVIDA! Engravidei de um menino, logo na primeira tentativa. Eu não acreditava. Fiquei com medo e ansiosa em todas as etapas. 

Nos mudamos para a Tailândia e continuei meu pré-natal. Quando estava com 36 semanas e 4 dias, fiz os exames de rotina e minha pressão estava alta. O médico disse para eu me acalmar, descansar um pouco e tirar novamente. Foi baixando, mas mesmo assim voltei pra casa preocupada. Eu não sentia mais meu bebê se mexer. Acordei de madrugada com um pouquinho de sangramento, fui para o hospital e não encontraram mais os batimentos cardíacos do bebê. Meu filho Lorenzo, que estava com 3,2 kg e 49 cm, não veio a este mundo. Foram dias, semanas, meses e anos muitos difíceis. Minha recuperação foi longa e dolorida. 

Com 32 anos, decidi tentar a fertilização de novo, na Coreia, onde estavam nossos embriões congelados. O médico quis que eu colocasse três embriões e aceitamos. Dez dias depois, a resposta: GRÁVIDA! E de gêmeos.Foi uma alegria e uma preocupação ao mesmo tempo. Se a gravidez já era de risco, imagine de gêmeos. 

Entrei em contato com a minha médica do Brasil e decidi que iria ter o filho com ela. Estava me preparando para viajar quando fiz um ultrassom e apareceu que eu estava com placenta prévia. A minha médica da Tailândia disse que eu não podia pegar o avião, e a do Brasil confirmou. 

Comecei, então, a focar na gravidez por aqui, mas minha médica sempre dando todo o suporte do Brasil. Estava indo muito bem, os bebês se desenvolvendo, minha pressão estável. Quando estava por volta de 27 semanas, começaram as contrações, que foram controladas. Minha mãe e minha irmã vieram para a Tailândia me ajudar.

Com 31 semanas eu acordei no meio da noite com um sangramento intenso. Me enrolei numa toalha e fomos para o hospital. No caminho, liguei para minha médica e em 5 minutos estávamos todos lá. O sangramento parou e eu estava de repouso quando começaram as conversas sobre fazer o parto naquele momento. Fiquei superpreocupada, pois os bebês iriam nascer prematuros. Falei com a minha médica no Brasil e ela disse que, se tivesse o segundo sangramento, poderia ser incontrolável. Então decidimos fazer. Nunca vi tanta gente numa sala de cirurgia, eram cerca de 20 pessoas. Quando acordei, estava na UTI, com dor e muito dopada. Os bebês estavam na UTI Neonatal. Meu marido disse que eles estavam vivos e bem.

A médica explicou que eu tive um sangramento enorme. Fiquei na UTI por três dias sem ver meus filhos. Meu marido tirava foto, fazia filme e me mostrava. Mas eu estava feliz só de saber que eles estavam vivos e lutando. Meus bebês ficaram 23 dias na UTI e eu estava lá o tempo todo, fornecendo o meu leite e passando meu amor. Fabrício e Luana estão hoje com 4 meses, iniciando a infância e são muito saudáveis.”


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